quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A América do Norte é o continente mais afetado pelas catástrofes climáticas.


As mudanças climáticas provocadas pelo homem aumentaram a frequência e a intensidade das catástrofes naturais, como furacões, secas e tempestades. A América do Norte é o continente mais afetado por esses eventos extremos. A América do Sul é o que sofreu menos até agora. Essa é a conclusão de um estudo feito pela seguradora Munich Re. No estudo “Severe weather in North America”, a empresa analisa os perigos climáticos e suas tendências a partir do registro de 30 mil eventos entre 1981 e 2011.
Segundo a Munich Re, o lugar do mundo onde as mudanças climáticas são mais evidentes é a América do Norte. O número de eventos danosos na região quase quintuplicaram nos últimas três décadas. Enquanto eles cresceram quase 5 vezes na América do Norte, o aumento foi de 4 vezes na Ásia, 2,5 vezes na África, 2 vezes na Europa e 1,5 vez na América do Sul. O aquecimento global provocado pelas atividades humanas (queima de combustíveis fósseis e desmatamento) afeta particularmente a formação de ondas de calor, secas, chuvas intensas e, provavelmente, a longo prazo, a intensidade dos ciclones tropicais.
Para a Munich Re, até agora, as perdas em eventos climáticos cresceram por consequência do próprio desenvolvimento humano. Tempestades e enchentes vem causando mais prejuízos econômicos e perdas humanas por causa da expansão urbana e do crescimento populacional, além do próprio enriquecimento das sociedades, que acumulam mais bens – e perdem mais valores diante desses eventos. Mas a frequência e a intensidade desses eventos climáticos estão associadas às mudanças climáticas.
Entre os tipos de eventos incluídos no estudo, os pesquisadores destacam as tempestades. As perdas com elas cresceram nos últimos 40 anos. O estudo aponta duas causas para essa tendência. A primeira é o crescimento urbano, que expõe mais pessoas e mais construções às enchentes e desabamentos. Ao mesmo tempo, os pesquisadores indicam que as mudanças climáticas têm um impacto visível no aumento do poder destrutivo das tempestades. Os pesquisadores também chamam atenção para o risco na agricultura. Quase dois terços da área cultivada nos Estados Unidos foi afetada pela seca este ano. Foi uma das secas mais intensas dos últimos 100 anos.
A tabela acima mostra como a quantidade de eventos vem aumentando entre 1980 e 2010. Os eventos geofísicos (em vermelho), tais como terremotos, têm se mantido estáveis. Estão crescendo os eventos meteorológicos (em verde) como chuvas fortes, os hidrológicos (em azul), como enchentes, e os climatológicos (em amarelo) como as ondas de calor.
É irônico que os Estados Unidos, o maior poluidor e maior responsável histórico pelo acúmulo na atmosfera de gases responsáveis pelas mudanças climáticas, resistam tanto a adotar políticas ousadas para resolver o problema. Nos últimos meses, porém, há razões para acreditar que a opinião pública americana começa a associar as tragédias ambientais recentes à economia poluidora que o país mantém.
(Alexandre Mansur)

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