sábado, 16 de maio de 2009

EDUCAÇÃO: NOVOS DESAFIOS, NOVOS PARADÍGMAS

Publica-se cada vez mais na imprensa, que este século será o do conhecimento humano. Em nenhuma época anterior a esta que estamos vivendo, a humanidade foi atropelada por uma quantidade avassaladora de "novos saberes", principalmente através da internet.

Paradoxalmente, a esta abundância de conhecimentos que nos permite acessar as conquistas humanas em quase todas as áreas do saber, torna-se extremamente preocupante, o fato de que este excesso de conteúdo não está sendo devidamente processado em nosso cérebro. Ou seja, as informações obtidas através das diferentes fontes de consulta, não estão sendo racionalmente compreendidas e assimiladas de forma harmônica pelo nosso intelecto.

Logo, mais importante do que ter o acesso ao conhecimento, é ter tempo suficiente para refletir a respeito da sua importância e de sua aplicabilidade.

Todo este texto introdutório, justifica-se a minha preocupação em relação aos paradígmas da educação majoritária aplicada na maioria de nossas escolas. Como é do conhecimento geral, principalmente dos pais que têm filhos em idade escolar, possuidores de média à alta escolaridade, a grade curricular da maioria das instituições acadêmicas do país está centrada no Conhecimento. Os alunos, em sua maioria, são obrigados a armazenar uma quantidade absurda e muitas vezes desumana de conteúdos; algumas vezes sofisticados, para o seu grau de amadurecimento cerebral; o que de  certa forma é um contrasenso e uma perda enorme de tempo.
Recentemente foi feita uma pesquisa sobre ex-alunos, em uma tradicional universidade americana. Nesta pesquisa, a instituição procurou saber como eles  estavam no mercado de trabalho. Espantosamente, concluiu-se que os  mais bem sucedidos no mercado ocupacional não foram, preferencialmente, aqueles que obtiveram os melhores graus de aproveitamento acadêmico. Muitas vezes, pelo contrário, eram aqueles não tão brilhantes na área cognitiva, mas competentes na arte de fazer amigos, sobretudo, através das chamadas redes sociais. Utilizando estes meios de comunicação "on line ", conseguiram fazer parte de uma teia de contatos que, provavelmente, muito contribuiu para alavancar as suas carreiras profissionais.

De certa forma, nunca fui favorável a este excesso de informações imposto ao aluno. Até porque, considero que a escola deva ser um ambiente holístico, integral, agradável, desafiador e de busca natural do conhecimento como também de relacionamento social e crescimento do "eu interior" individual. Lembrando as palavras escritas no portal de entrada para consulta ao Oráculo de Delphos, famoso oráculo da antiguidade grega: " Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a natureza e os deuses." Segundo a minha visão, a felicidade humana está dentro de cada um de nós. Para buscarmos a sua compreensão, se faz necessário, muitas vezes, tentarmos conhecer as nossas próprias verdades; como dizia Sócrates em sua frase lapidar: " Conheça-te a ti mesmo." Muitas vezes, as respostas para os nossos questionamentos estão em nosso interior. Daí, a importância da nossa introspecção. Através dela, podemos alcançar algumas de nossas raízes existencias. É sempre bom refletir que a vida é feita de escolhas. Viver é escolher, saber viver é saber escolher. O resto, é tudo consequência.

Além de ser um "banco de idéias", a escola deve desenvolver no educando, a capacidade de fazer uso da internet, também para aperfeiçoar as redes sociais, quando então o mesmo poderá aperfeiçoar a sua teia de contatos para melhor viabilizar a sua vida acadêmica.
A escola deve aprimorar no aluno, a sua capacidade de comunicação. Neste mundo globalizado, as pessoas que tiverem maior acesso à informação, e como tal, saberem transmití-las com transparência e objetividade terão maiores possibilidades de acessar as melhores vagas no mercado de trabalho. Infelizmente, no mundo  atual, não há chance para os tímidos. Uma das formas de se desenvolver esta habilidade no ambiente escolar é através dos estudos da Filosofia, Sociologia, da Psicologia e das Técnicas Teatrais.

 Neste mundo cada vez mais interativo e dinâmico, onde a competitividade está cada vez mais acirrada e desumana, percebe-se com bastante clareza, que não haverá emprego para todos. Assim sendo, a escola destes tempos, onde a única certeza é a mudança, que vem de maneira rápida, e muitas vezes, de forma irreversível, deverá preparar o seu alunado para se adequar consciente e harmonicamente a este ambientede novos desafios; onde não bastará apenas o domínio das Ciências e das Tecnologias. Será necessário empreender, já na escola, de preferência, com idéias e projetos. Será fundamental que aliado ao saber e as idéias de empreendedorismo , o estudante possa ampliar a sua rede social de contatos, e ao mesmo tempo, possa comunicar-se de forma adequada com os seus interlocutores, enfatizando com argumentos e boa capacidade de oratória, quando necessário, o seu poder de persuasão.

É imprescindível que a Escola ao atuar como um "banco do saber", possa preparar o aluno, antes de qualquer outra coisa, a ser um empreendedor de novas idéias, projetos e sonhos. Lembrando as palavras do professor francês Louis Jacques Filion: "Empreendedor é alguém que imagina, divulga e realiza visões." Inúmeros são os exemplos de pessoas que foram empreendedoras em seus projetos de vida. Através de seus sonhos, conseguiram inventar o futuro, modificaram as suas vidas e trouxeram avanços para a humanidade, através de projetos geradores de emprego e bem estar social.

“ O EMPREENDEDOR É ALGUÉM QUE IMAGINA, DESENVOLVE E REALIZA VISÕES”

A partir do pensamento de Louis Jacques Filion – professor da Hautes Etudes Commercialles de Montreal / Canadá – chego à conclusão de que a minha vida é o resultado de uma ação empreendedora sem limites.

De origem extremamente humilde, o meu destino profissional seria provavelmente, com muito sacrifício, terminar o ensino médio e lançar-me com muita garra no mercado de trabalho para sobreviver, talvez, como balconista das Casas Pernambucanas.

Sem a presença paterna, e com uma mãe extremamente doente, sendo filho único, percebi com bastante clareza o quanto seria difícil a minha caminhada por este planeta. No entanto, acreditando na máxima que nada acontece por acaso e tudo tem uma razão de ser, lancei-me de corpo e alma em um dos maiores desafios do homem que é mudar o seu próprio destino.

Lembro-me que em determinada ocasião, por volta dos meus 13 anos de idade, ainda no início de minha adolescência, por volta dos anos 60, passava por um momento de muitas dificuldades financeiras, quando percebi que não poderia continuar os meus estudos porque não teria como arcar com as despesas de transporte, alimentação e material escolar. Na época, eu e minha mãe morávamos com a minha tia, que também passava por sérios transtornos financeiros.

Ainda está na memória viva, o momento em que desci do apartamento, e em frente à SEARS ROEBUCK - multinacional americana de departamentos de varejo – localizada na praia de Botafogo – Rio de Janeiro, olhei para o céu e procurei a estrela mais distante, aquela em que a luz era pouco percebida na Terra, e disse em voz baixa: “ Lá está o meu futuro.”

A partir deste momento mágico, quando fui buscar na incerteza da vida, a convicção da vitória, estabeleci de forma mental, uma linha imaginária com início, meio e fim, que serviria de sustentáculo ao meu caminhar, e ao mesmo tempo, nortearia os meus passos em busca dos objetivos de vida a serem alcançados.

Com a certeza plena de que tudo teria que ser feito para que eu não parasse os meus estudos, que na época eram ginasianos, consegui uma flanela velha com o pipoqueiro da esquina e comecei em uma “profissão”, que ainda persiste em nossos dias – a de flanelinha.

Foi neste momento ímpar da minha existência, que comecei a mudar o meu destino de vida. Sem o saber, ao pegar a flanela para tirar um pouco a poeira dos carros, e ao mesmo tempo, orientar os motoristas nas manobras de entrada e saída, em troca de algumas moedas, desenvolvi com bastante sucesso a primeira minha ação empreendedora.

Com o dinheiro arrecadado em cada noite de trabalho, consegui a quantia necessária para manter os meus estudos e continuar com a chama acesa da esperança de que ao terminá-los, certamente alcançaria um padrão de vida melhor.

O tempo se passou, e finalmente consegui chegar ao terceiro ano do segundo grau. Era mais um momento de decisão em minha vida. Precisava empreender de novo. Era o meu sonho, cursar a Faculdade de Medicina.

A diretora da escola onde cursava o segundo grau, disse-me em seu gabinete de trabalho, que não me via como médico e sim como professor. Mais uma vez, parece-me que a mão invisível do destino intercedeu em minha vida, e depois de idas e vindas, acabei terminando a licenciatura de Ciências da Natureza. Como professor, dediquei trinta e cinco anos da minha vida à arte de ensinar e conscientizar aos meus alunos de que estudar é mais do que buscar conhecimentos, é empreender para vencer desafios.

Ao longo da minha jornada, consegui desenvolver alguns pontos extremamente positivos, como por exemplos: auto-disciplina, principalmente, quando estabeleço metas que precisam ser alcançadas em curto espaço de tempo; busca natural do conhecimento, simplesmente pelo prazer de aprender; aptidão em se relacionar com números, principalmente aqueles relacionados à finanças; capacidade de fazer bom uso da palavra, expressando-me de forma natural e sendo bem compreendido pelo meu interlocutor e, finalmente, a organização, sobretudo de pensamento, que considero a mola mestra que impulsionará qualquer ação empreendedora.

Entre os diversos pontos negativos, posso destacar com primazia, a lentidão para tomar decisões, principalmente aquelas relacionadas ao capital. Procuro pensar bastante antes de assumir qualquer compromisso que envolva bens pecuniários.

Fundamentando-se no pensamento de que “o Empreendedor é alguém que imagina, desenvolve e realiza visões”, Eu, ainda sou um visionário, acredito que somente o homem é capaz de mudar a sua própria evolução. Somente a espécie humana é capaz de sonhar por dias melhores, até porque sonhar é inventar o futuro.

Assim sendo, voltei a empreender, agora, “com cabelos brancos e alma de menino”. Com a energia de um eterno aprendiz, fui estudar Marketing. Lá percebi, que ele está presente nas mais diferentes circunstâncias da vida. De todos os tipos, escolhi o Marketing Pessoal como aquele que deveria dedicar maior atenção. Tal seleção, justifica-se no fato de que os melhores professores que tive a oportunidade de estudar, não foram aqueles que apenas tinham pleno conhecimento do conteúdo disciplinar, e sim aqueles que nos deixaram inesquecíveis exemplos de vida, ou seja, o seu marketing pessoal.

Mais uma vez, agora, não mais pela necessidade e sim pelo real prazer de empreender, motivado pelo desejo de ser útil ao meu semelhante, estou desenvolvendo um projeto que se desdobrará, brevemente, na edição de um livro sobre Marketing Pessoal e Gestão de Imagem.

Neste intervalo, estou dando palestras e cursos relacionados ao tema, onde em cada oportunidade, tento passar experiências de vida onde sempre atuei como o principal protagonista, lembrando sempre aos meus interlocutores de que NÓS SOMOS DO TAMANHO DE NOSSOS SONHOS E QUE O MELHOR MOMENTO PARA REALIZÁ-LOS, É AQUI E AGORA!

“ SOMENTE ATRAVÉS DA BUSCA DO CONHECIMENTO, O HOMEM SERÁ CAPAZ DE TROCAR A TIRANIA DA TRADIÇÃO PELA LIBERDADE DA RAZÃO.”

CURSO DE DIREITO – UNESA/ NITERÓI.

DISCIPLINA: EMPREEDEDORISMO – PROF: PEDRO REY

ALUNO: CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA - Matrícula: 20060118131-2

QUATRO DICAS PARA QUEM ESTÁ ENTRANDO NO ENSINO SUPERIOR

A saída do Ensino Médio e o início dos estudos em uma instituição de ensino superior representam uma grande mudança para a vida do jove...