quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Imagem de almoço de operários em arranha-céu de NY completa 80 anos.

Foto de Charles C. Ebbets feita em 1932 é das mais icônicas do século XX.
Especialista analisou negativo e diz não se tratar de uma montagem.

Do G1, em São Paulo
1 comentário
'Lunch atop a skyscraper' ('Almoço no topo de um arranha-céu'), de Charles C. Ebbets. Imagem histórica completa 80 anos (Foto: Reuters/Charles C. Ebbets/Corbis)'Lunch atop a skyscraper' ('Almoço no topo de um arranha-céu'), de Charles C. Ebbets. Imagem histórica completa 80 anos (Foto: Reuters/Charles C. Ebbets/Corbis)
A imagem intitulada "Almoço no topo de um arranha-céu", considerada uma das mais icônicas do século XX, completa 80 anos nesta quinta-feira (20). Feita em 20 de setembro de 1932, a fotografia mostra trabalhadores almoçando casualmente, sem segurança aparente, no topo dos 69 andares do RCA Building no complexo do Rockefeller Center, no centro de Nova York.
Feita por Charles C. Ebbets durante a construção do edifício, que desde 1986 passou a se chamar GE Building, a imagem levantou suspeitas de montagem desde sua publicação no jornal "New York Herald Tribune" em 2 de outubro de 1932, devido ao claro risco em que os operários se encontram.
A agência de imagens Corbis é a dona do negativo de vidro usado para as reproduções da imagem, e a mantém em uma base subterrânea chamada de Iron Mountain ('Montanha de Ferro') na Pensilvânia, EUA, junto com outras inúmeras fotos históricas.
O periódico britânico "The Telegraph" visitou o local e entrevistou o diretor de fotografia histórica da Corbis, que concordou em analisar o negativo.
Na reportagem em vídeo, Ken Johnston observa detalhes do negativo de vidro, quebrado em quatro pedaços desde 1996, e diz acreditar que se trata de fato do negativo usado na tomada da foto - e não de um negativo posterior feito após uma montagem.

Como tratar os animais.



O etnólogo britânico Michael Appleby, consultor científico da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), não tem posições óbvias sobre a ética de nossas relações com os outros animais. Embora entenda que a espécie humana evoluiu caçando e comendo carne, Appleby entende que é preciso ter uma atitude de respeito diante dos bichos. Pesquisador da Universidade de Edimburgo, ele integra o comitê do governo britânico que regula atividades com animais. Ele defende o consumo de carne por necessidades nutricionais e não vê nada de errado em usar produtos de couro. Em entrevista à Época, explicou os limites de nossas atitudes:
Época: Ratos são mais inteligentes e sensíveis do que galinhas. Não deveríamos nos preocupar com o bem estar deles?
Appleby: Sim. É claro que eles nos criam problemas de saúde. Mas defendemos que o controle deve ser feito da forma mais humana possível, evitando venenos que geram morte lenta.
Época: E os peixes que pescamos? Tem sentimentos?
Appleby: Matamos 1 trilhão de peixes todo ano. Há evidências que eles sofrem e sentem dor. Nossa forma de matar os peixes em seu ambiente selvagem está errada.
Época: Mas é uma atividade bíblica. O apóstolo Pedro pescava. Comemos peixe na Semana Santa.
Appleby: É uma discussão complicada. As sociedades evoluem. Coisas aceitáveis no passado não o são o são mais hoje. Era comum operar crianças de três meses sem anestesia porque se acreditava que não sentiam dor.
Época: O senhor é a favor de melhoramento genético animal?
Appleby: Não usaria o termo “melhoramento” porque ele indica que há alguma melhora para o animal. Isso não é verdade. No Reino Unido, há pesquisas para cruzar determinados bovinos e conseguir vacas que produzem mais leite. Não está demonstrado que isso é melhor para o animal. Ao contrário, isso causa problemas de fertilidade e de envelhecimento precoce para o bicho.
Época: Por que o consumidor deveria se importar?
Appleby: A maioria das pessoas fica chocada quando sabe que uma vaca, que viveria até 25 anos, só é mantida na produção de leite por 5 anos. E depois é descartada, como um material usado. Como se uma vida pudesse ser jogada fora assim.
Leia aqui a íntegra da entrevista de Appleby.
(Alexandre Mansur)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Perereca de vidro pesquisada no AM chama atenção pela transparência.

Espécie foi encontrada em 2002 em Presidente Figueiredo, AM.
Anfíbio pode chegar até 24 mm e tem órgãos internos visíveis.

Tiago Melo Do G1 AM
Comente agora
O pequeno anfíbio, que pode chegar até 24 milímetros de comprimento quando adulto, recebeu este nome devido à pele transparente (Foto: Marcelo Lima/Inpa)Pequeno anfíbio, que pode chegar até 24 milímetros de comprimento quando adulto, recebeu este nome devido à pele transparente (Foto: Marcelo Lima/Inpa)
Com apenas 24 milímetros de comprimento quando adulto, a Hyalinobatrachium iaspidiense, popularmente conhecida como ‘perereca de vidro’, vem chamando a atenção de pesquisadores no Amazonas, principalmente devido à sua transparência. A espécie foi descoberta por pesquisadores durante levantamentos noturnos na área da Cachoeira da Onça em Presidente Figueiredo, município do Amazonas, distante 170 km de Manaus, no ano de 2002.
De dorso verde-claro com pontos negros, ventre transparente, íris verde-amarelada, a perereca de vidro ainda é pouco conhecida no meio científico (Foto: Marcelo Lima/Inpa)De dorso verde-claro e ventre transparente, espécie
ainda é pouco conhecida (Foto: Marcelo Lima/Inpa)
De dorso verde-claro com pontos negros, ventre transparente, íris verde-amarelada e falange terminal dos dedos em forma de ‘T’, a perereca de vidro ainda é pouco conhecida no meio científico. “O homem não olha para os anfíbios com um olhar importante. Muitas vezes acha que os anfíbios são nojentos e que não servem para nada, mas, na verdade, está enganado. Os anfíbios tem grande importância no equilíbrio do meio ambiente”, afirmou Marcelo Lima, biólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
O biólogo informou que a perereca de vidro tem importante função no equílibrio ambiental, já que ela é presa das cobras. Com um possível desaparecimento da espécie, faz com que os seus predadores também corram risco de extinção. “Não tem como precisar se ela corre risco de extinção ou não. Contudo, pode-se afirmar que atitudes como a remoção de mata ciliar deixam a espécie mais vulnerável, pois ela é sensível às modificações ambientais e não pode ficar muito tempo exposta ao sol, correndo o risco de ter a pele ressecada e morrer”, explicou o biólogo.
saiba mais
Considerada uma espécie voltada para o período noturno, a perereca de vidro se alimenta de invertebrados, principalmente insetos, e tem como predadores as aranhas e serpentes, além do próprio homem, que a extingue sem se dar conta, segundo Marcelo Lima. Sobre o modo de reprodução, o pesquisador explica que todas as espécies de perereca de vidro conhecidas desovam sobre folhas acima da água.
“Em média, as fêmeas depositam cerca de vinte ovos no período chuvoso, entre dezembro e maio. Os ovos se desenvolvem por alguns dias ali. Depois, os girinos rompem a cápsula do ovo, caem na água e permanecem até completarem o desenvolvimento”, afirmou o biólogo, que ainda disse ser desconhecido o tempo de desenvolvimento do animal.
Em média, as fêmeas depositam cerca de vinte ovos no período chuvoso, entre dezembro e maio (Foto: Marcelo Lima/Inpa)Em média, as fêmeas depositam cerca de vinte ovos no período chuvoso, entre dezembro e maio (Foto: Marcelo Lima/Inpa)

Atualmente, no Amazonas, tem-se conhecimento científico de apenas duas espécies de pererecas de vidro, a Vitreorana oyampiensis, descoberta em 1975, e a Hyalinobatrachium iaspidiense, descoberta em 2002.

QUATRO DICAS PARA QUEM ESTÁ ENTRANDO NO ENSINO SUPERIOR

A saída do Ensino Médio e o início dos estudos em uma instituição de ensino superior representam uma grande mudança para a vida do jove...