segunda-feira, 23 de abril de 2012

Consumo diário tem o poder de definir os rumos do planeta

Líderes globais, pesquisadores e economistas tentam conciliar a expansão da classe média à necessidade de estabelecer padrões de consumo menos agressivos ao meio ambiente

Márcia Régis, do Rio de Janeiro
Mulheres carregam sacolas da Primark shoppin , em Londres
Mulheres carregam sacolas da Primark shopping, em Londres   (Dan Kitwood/Getty Images)
De alimentos a computadores, de maquiagem a automóveis, os produtos que a humanidade consome vêm moldando o planeta. A economia que move o mundo também pode destruí-lo. Para ambientalistas, economistas, cientistas e líderes globais, essa é uma equação complexa sobre a mesa, agravada pela expansão das novas classes médias: como convencer um imenso contingente de novos compradores a abrir mão do conforto, ou pensar antes de consumir, em um cenário de renda reforçada e acesso mais fácil ao crédito?

A forma como o mundo consome e vai consumir nos próximos anos é um dos embates às vésperas da Rio+20. No momento, duas correntes se opõem. Brasil e países emergentes defendem a busca por soluções que não reduzam a inclusão social, que não privem a classe ascendente de bens de que, até o momento, as nações desenvolvidas puderam desfrutar. Na União Europeia, domina a corrente que recomenda duramente a restrição ao uso de recursos naturais, de forma a reduzir o consumo.

Independentemente do grau de envolvimento com a discussão, cada indivíduo economicamente ativo pode interferir decisivamente nos rumos do planeta através de sua forma de decidir. As opções vão desde a escolha de aparelhos que gastam menos energia – nesse caso, também uma opção econômica – à preferência por itens de marcas que respeitem o meio ambiente. O conceito é fácil de entender. O difícil é levar o consumidor a decidir não apenas em função do preço. Descubra, com o teste produzido pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, que tipo de consumidor é você:
Que tipo de consumidor é você? Descubra com a pesquisa


O relatório O Consumidor Brasileiro e a Sustentabilidade: Atitudes e Comportamentos frente ao Consumo Consciente, Percepções e Expectativas sobre a RSE (responsabilidade social empresarial), feito desde 2000, acompanha a evolução do padrão de consumo brasileiro. A última edição, de 2010, traz a seguinte conclusão: “Nesse contexto de festa do consumo, em especial incorporando segmentos historicamente excluídos ou com limitado acesso ao mercado, é difícil imaginar que os novos consumidores assumam comportamentos conscientes, assim como que maiores parcelas dos antigos consumidores o façam”.

O próximo relatório será lançado este ano, mas ainda está em fase de planejamento. A equipe do Akatu tem pressa para checar a evolução dos consumidores nos últimos dois anos. “Os cientistas seguem demonstrando que, ao fim das contas, o planeta poderá seguir sua existência tornando-se mais quente, recoberto por geleiras ou com elevado nível de seus mares. Mas o mesmo não se pode dizer com relação à espécie humana. Já pagamos uma conta alta pela lentidão em assumir que temos um problema real a enfrentar. E vamos pagar mais. É hora de correr contra o prejuízo”, alerta a Diretora-executiva do Akatu, Ana Maria Wilhelm.

A série de relatórios incorporou desde 2003 uma análise sobre o avanço do comportamento dos brasileiros para o consumo consciente. Foram criadas quatro categorias de comportamento, em ordem crescente de preocupação com os efeitos de suas compras sobre o meio ambiente: indiferentes, iniciantes, engajados e conscientes.

O comportamento dos consumidores na hora das compras oscilou criticamente na fase de ascensão econômica da classe C. Na comparação com os resultados de 2006 percebeu-se um aumento de 12 pontos percentuais no total de consumidores classificados como “indiferentes”, passando de 25% em 2006 para 37% em 2010. “O resultado teve relação com o aumento de renda da população e a democratização do acesso ao crédito”, observa a diretora do Akatu.

Nos outros dois grupos seguintes, “iniciantes” e “engajados”, verificou-se uma queda, respectivamente de 7 e 5 pontos percentuais, correspondendo assim aos mesmos 12 pontos percentuais de crescimentos dos “indiferentes”. O relatório destaca que seis dos 13 comportamentos utilizados na segmentação dos consumidores estão diretamente relacionados à redução e ao planejamento de gastos, sendo a adesão a eles mais sensível ao contexto econômico, à confiança do consumidor e à sua disposição de maior ou menor contenção de despesas.

Durante parte do período das pesquisas (2003 a 2008), a renda dos 10% mais pobres cresceu 8% ao ano, enquanto o rendimento dos 10% mais ricos cresceu 1,5% ao ano. “Esse ritmo deve ser mantido até 2012. Em 2009, mais de um milhão de brasileiros saíram da linha de pobreza”, indica o relatório.

“Um ponto positivo é que esse consumidor que ascendeu da classe C traz o hábito de planejar antes de gastar, pelos anos vividos sob recessão econômica. E é esse hábito de planejar gastos e contas que temos que estimular, não podemos deixar que essa parcela da população recaia nos erros cometidos pelos outros perfis de consumidores”, observa Ana Maria.

O consumidor consciente é o chamado “cidadão do futuro”. Pode ter começado o exercício de um novo estilo de vida como os eco-chatos de sempre, mas hoje amplia sua visão para pensar na coletividade e manifestar interesse pelo planeta. “Entre a criação de protocolos internacionais e a regulação por parte dos governos gasta-se muito tempo. O desafio está em nossas mãos, nas escolhas que fazemos todos os dias”, defende Ana Maria. O Akatu indica alguns dos comportamentos típicos do que é considerado o consumidor exemplar:
Adota a bicicleta como meio de transporte
Além de uma opção pessoal saudável, indica a prática de alguma forma de ativismo em busca de mais respeito no trânsito, como o Grupo de Ciclistas de São Paulo.

Pratica coleta seletiva do lixo
A separação caseira é um bom começo. Destacam-se nesse grupo os consuidores que se deslocam até pontos estabelecidos por cadeias de supermercado para depositar o lixo, estimulando a legislação para coleta de resíduos sólidos.

Lê todas as embalagens de produtos
Informação é a chave do consumo consciente. O consumidor que tenta entender se o produto tem caráter de sustentabilidade a partir da composição química está ajudando a pressionar a indústria por mais qualidade e responsabilidade.

Desistiu de andar de carro sozinho
Considerando as implicações do transporte individual, o motorista que entende o peso de desclocar-se sozinho no automóvel tem um papel importante nos dias de hoje. O desejável, nesse quesito, é o comportamento que inclui, se necessário, a mudança de rotina, com disposição para trechos a pé, trasnporte público ou carona.

Planeja o orçamento antes de gastar
Quem evita o endividamento fácil está fazendo bem para o seu orçamento e para o mercado. Contribui também para evitar o consumo por impulso.

Compra alimentos da estação
Adotar produtos orgânicos é algo altamente saudável, mas ainda há diferenças significativas de preço. A opção por vegetais da estação é uma prática, por exemplo, dos Eco-chefs no Rio de Janeiro.
 

Brasil ganha sites de agendamento de consultas médicas

Nos Estados Unidos, onde plataforma similar já existe desde 2007, serviço oferece ferramenta de avaliação dos médicos

Renata Honorato
Jairo Bouer, psiquiatra em 2002. Especialista é um dos sócios do site brasileiro Dr. Busca Jairo Bouer, psiquiatra em 2002. Especialista é um dos sócios do site brasileiro Dr. Busca (ROGERIO ALBUQUERQUE)
Há alguns anos, buscar um médico para uma consulta consistia em pesquisar um profissional credenciado em um plano de saúde em um catálogo impresso ou pedir uma indicação para um amigo ou familiar. Em seguida, era necessário ligar para o consultório do especialista, em horário comercial, e rezar para que ele tivesse agenda disponível. Para encurtar esse caminho, dois brasileiros de Recife se inspiraram em um serviço americano e criaram o Dr. Busca, um sistema on-line, que permite ao internauta marcar um consulta médica sem sair do computador. Esse pode ser o primeiro passo para reproduzir no país o modelo de sucesso dos Estados Unidos. No ZocDoc, o usuário não só marca sua consulta, como também avalia o profissional da saúde, a exemplo do que já acontece com guias digitais de resturantes ou hotéis. O site oferece um sistema de classificação dos médicos através de estrelas, cujos itens avaliados são atendimento e tempo de espera.        
Bartolomeu Cavalcanti e Raphael Barros desenvolveram o Dr. Busca por causa de uma necessidade pessoal. "Estava com uma dor de garganta e precisava agendar uma consulta. Ligar para os consultórios não era uma boa ideia por causa da minha condição. Foi então que pensei em criar um site", conta Barros.
Em 2007, quatro anos antes da estreia do Dr. Busca no Brasil, um problema similar inspiraria um americano a desenvolver o ZocDoc, considerado o maior e mais popular nos EUA. Ciro Massoumi, fundador e CEO da empresa, rompeu um tímpano e precisou esperar quatro dias para conseguir um médico. Depois dessa experiência decepcionante em busca de um especialista, ele criou o serviço, que hoje conta com Jeff Bezos, fundador da Amazon, como investidor. Segundo Allison Braley, diretora de relações públicas do ZocDoc, a empresa pretende levar para outras regiões a experiência americana: "Acreditamos que a mercado brasileiro está pronto para esse tipo de serviço. Esperamos levar o que aprendemos nos EUA nos últimos cinco anos para o Brasil muito em breve."
O site brasileiro nasceu mais tarde, em 2011, e já está em seu terceiro aporte de investimento. O projeto foi selecionado por experts do Vale do Silício para participar do Programa Start-Up Chile, uma iniciativa do governo chileno para trazer empresas inovadoras de nível global para a América Latina através de injeção de capital. Esse foi o pontapé inicial para que Cavalcanti e Barros deixassem o Recife e se mudassem para São Paulo, onde atualmente funciona o escritório da companhia.    
O site brasileiro oferece mais de 150.000 horários e a expectativa dos fundadores é fechar o ano de 2012 com um faturamento de 3 milhões de reais. O modelo de negócio da empresa, que disponibiliza o serviço para o usuário gratuitamente, está focado no profissional da saúde. "Os médicos pagam uma mensalidade de 200 reais para integrar a sua agenda ao sistema. Dessa forma, eles oferecem para seus pacientes a comodidade de marcar uma consulta em qualquer horário", diz Cavalcanti. A ideia parece agradar os usuários. "Trinta por cento de todos os agendamentos acontecem fora do horário comercial", diz.
Raphael Barros e Bartolomeu Cavalcanti, fundadores do Dr. Busca
Para ganhar a confiança da comunidade médica, os dois empreendedores convidaram o psiquiatra Jairo Bouer para ser um dos sócios da empresa. O especialista é conhecido em todo o país por causa dos programas de TV dos quais já participou em importantes emissoras brasileiras. "Eu vinha acompanhando esse movimento nos Estados Unidos e achei a ideia interessante", conta  Bouer. "O Dr. Busca é um facilitador, principalmente para as gerações mais novas", explica.
Nos Estados Unidos, o modelo é similar. A diferença é que lá o valor da mensalidade é de 250 dólares. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, o número de usuários por mês do serviço é de, aproximadamente, 1,2 milhão. A solução proposta pelo site, aliada à adesão do público, fez com que a companhia levantasse mais de 95 milhões de dólares em investimentos. Através da plataforma é possível buscar médicos e dentistas em 16 cidades americanas.
O Dr. Busca ainda não funciona em todo o território brasileiro, como acontece com o ZocDoc nos EUA, mas os planos da companhia incluem a expansão do serviço para outros estados e também para outros países da América Latina. Segundo os fundadores, a inclusão de outras regiões na plataforma deve acontecer ainda neste ano.
Os adeptos do serviço no Brasil, preveem os empresários, devem seguir o perfil dos usuários americanos do ZocDoc nos Estados Unidos, cuja idade média é de 30 anos. O Dr. Busca reúne 30 especialidades, como odontologia, ginecologia, cardiologia, clínica geral, oftalmologia, homeopatia, pediatria, mastologia, urologia e dermatologia. Entre os serviços prestados pelo site está o sistema de lembretes, que avisa o paciente por e-mail ou celular o horário da consulta.
Outros sites similares já chegaram ao Brasil. É o caso do Yep Doc e do go2Doc, ambas plataformas de agendamento médico on-line. A mecânica de busca é parecida em todos os modelos. O usuário faz um cadastro, escolhe uma especialidade, informa o plano de saúde e pesquisa o banco de dados de cada serviço.

Entrevista: Sofia Esteves

'O jovem guia sua carreira por um propósito e por prazer'

A presidente da agência de recrutamento Cia. de Talentos fala de dúvidas que atormentam novos profissionais no mercado de trabalho. E como fugir delas

Nathalia Goulart
Sofia Esteves, psicóloga e sócia-diretora da Cia. de Talentos, profissional especializada em orientação de carreira e recrutamento de trainees Sofia Esteves, psicóloga e sócia-diretora da Cia. de Talentos, profissional especializada em orientação de carreira e recrutamento de trainees (Daniela Toviansky)
Há quase três décadas, a consultora de recursos humanos Sofia Esteves trabalha com jovens em início de carreira. Sua missão é ajudá-los a identificar os melhores caminhos para ingressar no mercado de trabalho. Sua experiência a levou à especialização na chamada geração Y, jovens nascidos entre as décadas de 1980 e 1990, inquietos e capazes de desenvolver várias tarefas simultaneamente, fruto da era digital em que cresceram e do consequente acesso quase irrestrito à informação. "Estamos falando aqui de um jovem que é guiado por propósito e prazer", diz Sofia. Profissionalmente, porém, eles são indecisos, têm dificuldade em encontrar um curso e em fazer parte de empresas que ainda não se adaptaram à nova realidade. "Existem hoje mais de 22.000 cursos à disposição e o jovem sente dificuldade em escolher aquele com o qual se identifica de verdade. O que acontece na prática é que essa é uma geração que aprende pela tentativa e erro." O remédio, diz Sofia, é o autoconhecimento. "Tudo o que o jovem puder fazer para se conhecer melhor é válido, encurta caminhos." Sofia colocará todo o seu know-how agora à disposição de jovens talentos. Ela é parceira do Prêmio Jovens Inspiradores, iniciativa de VEJA.com e da Fundação Estudar que vai selecionar estudantes ou recém-formados com espírito de liderança e compromisso permanente com a busca da excelência: os vencedores ganharão iPads, bolsas de estudo no exterior e um ano de orientação profissional com nomes de destaque do meio empresarial e político (mentoring). As inscrições no Prêmio se encerram neste domingo. Confira a entrevista que Sofia concedeu ao site de VEJA.
Prêmio Jovens Inspiradores: increva-se já
Quais as características da geração Y? Estamos falando aqui de um jovem que é guiado por propósito e prazer. Ele precisa se identificar com algo para poder se dedicar verdadeiramente a ele. Profissionalmente, isso gera um impasse, porque ele está exposto a um volume muito grande de oportunidades. Existem hoje mais de 22.000 cursos à disposição e o jovem sente dificuldade em escolher aquele com o qual se identifica de verdade. O que acontece na prática é que essa é uma geração que aprende pela tentativa e erro: o jovem ingressa em um curso, não gosta e desiste. E assim ele segue até encontrar um que lhe dê prazer. Por outro lado, a geração Y é mais colaborativa e já sabe quais são seus valores e ética. E já está cientificamente comprovado que são mais inteligentes do que as gerações anteriores.
Esses jovens são mais imaturos? Sim. Os pais da geração Y vieram de um ambiente mais repressor e costumaram oferecer tudo aos filhos. Como consequência, os jovens crescem com menos responsabilidade e costumam ter tudo nas mãos. O processo de amadurecimento é postergado.
Como um jovem assim faz para descobrir o que realmente o interessa? Tudo passa pelo autoconhecimento. Tudo o que o jovem puder fazer para se conhecer melhor é válido, encurta caminhos. Sempre recomendo aos jovens que consultem pais, professores e amigos e os questionem quais os talentos são mais salientes em sua personalidade. Identificar a percepção que pessoas próximas têm de nós nos ajuda a perceber quais são nossos traços mais fortes. Aliado a isso, existe um exame de consciência intenso que precisa ser feito. Questionar-se sobre os valores e desejos ajudam a construir um futuro profissional sólido.
Quais são os principais equívocos dos jovens que estão ingressando agora no mercado de trabalho? Eles não têm foco. Eles fecham os olhos e atiram para todos os lados. Com frequência vejo garotos se inscrevendo em 30 processos seletivos de uma única vez. Como os processos costumam ser longos, eles acabam desgastados ou desistem diante dos primeiros obstáculos. Para evitar essa situação, sugiro que antes de se inscrever o jovem faça uma pesquisa criteriosa das empresas. Ele precisa encontrar aquelas que mais têm a ver com ele, com seus valores e objetivos. Sem esse conhecimento, aumentam as chances de frustrações e diminuem as chances de sucesso.
De maneira geral, que perfil profissional as empresas buscam hoje? Elas buscam pessoas com iniciativa, que tenham determinação, capacidade de análise e argumentação. Os candidatos precisam ter sustentação pessoal, saber trabalhar em time e comunicar com clareza. Recentemente realizamos um levantamento sobre os requisitos que mais eliminam candidatos nos processos seletivos. São eles: capacidade de análise e sustentação. Percebemos que os jovens leem cada vez menos e por isso tem dificuldade de fazer uma análise mais profunda dos temas mais variados. Sem essa capacidade, eles não conseguem sustentar seus pontos de vista.
Que tipo de atividade ajuda nesse processo? Recomendo sempre participar de agremiações, organizações estudantis e empresas júnior. Tudo o que puder ser feito nesse sentido é enriquecedor porque ajuda a desenvolver capacidades valorizadas pelo mercado de trabalho. Esportes coletivos também auxiliam bastante. Por fim, indico sempre o envolvimento com trabalho voluntário. Conhecer e se sensibilizar com diferentes realidades é extremamente importante.
O que mudou nos processos seletivos nos últimos anos? Antes, ter cursado uma boa universidade era certificação de sucesso profissional. Um diploma conceituado era como um atestado de inteligência – e isso bastava. As empresas concluíam que, se o candidato tinha tido capacidade de passar em um vestibular difícil, ele era um bom profissional. Mais tarde, elas perceberam que não as coisas funcionavam exatamente dessa forma. Uma pessoa pode ser inteligente, mas se não sabe se comunicar, trabalhar em grupo ou liderar sua inteligência não é muito efetiva no trabalho. Hoje, o que importa são as características comportamentais e os valores pessoais de cada um. Até o inglês, que costumava ser prérrequisito indispensável, hoje já não é mais: inglês se aprende, mas certas habilidades, como liderança, não.
As empresas já se adaptaram aos jovens da geração Y? Algumas lidam melhor com eles do que outras. O que as companhias começam a entender agora é que, para atrair os jovens, elas precisam treinar seus gestores para que eles saibam lidar com essa geração. Caso contrário, haverá um choque. Quando as duas partes se dispõem a dialogar e a aprender uma com a outra, as coisas fluem melhor.
Quem são os líderes dessa geração? São gente de carne e osso. Pessoas próximas, que servem de exemplo no dia a dia e não mais aquelas figuras históricas das quais sempre ouvimos falar que mereciam respeito. Muitas vezes, são pessoas que não fizeram nada de extraordinário, mas que exercem bem o papel de gestor. A admiração hoje está mais ligada às figuras que cumprem aquilo que falam, que lideram pelo exemplo. É uma figura palpável, não o mito como costumava ser antigamente.
O Prêmio Jovens Inspiradores pretende revelar novas lideranças para o Brasil. A senhora sente que os profissionais dessa nova geração estão mais preocupados com o país em que vivem? Sem dúvida. Em uma pesquisa recente pedimos para os jovens apontarem em que empresa gostariam de começar a carreira. Quase metade deles citou companhias nacionais. Isso reflete a realidade do Brasil hoje. Há 30 anos, quando comecei a trabalhar com programas de trainee, o maior sonho dos jovem brasileiro era ter uma carreira no exterior. Eles queriam passagem de ida sem data para voltar. Hoje, eles querem experiência internacional, mas já não estão mais dispostos a abrir mão de viver em seu país. Eles vão para fora, estudam, trabalham e voltam para construir uma carreira aqui.
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Saúde do coração

Medidas de restrição ao sal poderiam reduzir em até 3% as mortes por doenças cardiovasculares

Intervenções como aumento dos impostos e redução do teor de sal sobre alimentos também poderiam diminuir custos com tratamentos de saúde

Sal: medidas restritivas podem reduzir mortes por doenças cardiovasculares Sal: medidas restritivas podem reduzir mortes por doenças cardiovasculares (Thinkstock)
Um relatório elaborado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indicou que a redução do teor de sal e a implementação de taxas sobre os produtos que contenham o composto poderiam reduzir em até 3% as mortes por doenças cardiovasculares. Os dados preliminares deste trabalho, que será publicado integralmente ainda este ano, foram apresentados neste sábado no Congresso Mundial de Cardiologia, em Dubai.
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O estudo analisou o impacto desses dois tipos de intervenção — ou seja, da redução voluntária por parte das indústrias no teor de sal dos alimentos e da criação de taxas sobre esses produtos — em 19 países em desenvolvimento, que representam metade da população mundial. A pesquisa ressalta que o consumo de sal pode elevar a pressão arterial, um importante fator de risco para doenças cardiovasculares evitáveis e prematuras em todo o mundo.
Os autores do trabalho concluíram que ambas as estratégias implicariam a redução do dinheiro gasto com o tratamento de pessoas com hipertensão e problemas cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, essas intervenções, de acordo com o relatório, poderiam causar uma diminuição da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares de 2% a 3% nesses países. A incidência de ataques cardíacos poderia ser reduzida em até 1,7% e 1,47% na China e na Índia, respectivamente, e os casos de AVC em 4,7% e 4% nesses dois países, respectivamente.
"Esses resultados mostram que estratégias para redução de consumo de sódio, mesmo de pequenas quantidades, podem levar a uma diminuição significativa de mortalidade por evento cardiovascular em países em desenvolvimento, além de reduzir os custos de saúde pública associados a essas doenças", diz Thomas Gaziano, um dos autores do estudo. Segundo o pesquisador, o peso dos problemas cardiovasculares é maior em nações em desenvolvimento e, por isso, medidas simples como as estudadas podem ter um impacto significativo a longo prazo.
Pressão arterial — Nesse mesmo trabalho, os pesquisadores também buscaram identificar o impacto de medir mais vezes a pressão arterial sobre a saúde da população. Os dados mostraram que um aumento de 25% nas triagens de pressão do sangue nesses mesmos 19 países poderiam desencadear uma redução de até 3% na incidência de doenças cardiovasculares. Além disso, esse maior rastreamento poderia aumentar em até 10% a taxa de tratamento adequado para hipertensão. Segundo os autores do relatório, um programa que aumentasse o acompanhamento da pressão arterial dos indivíduos teria custos adequados ao Produto Interno Bruto (PIB) desses países em desenvolvimento.
De acordo com o estudo, 900 milhões de pessoas em países em desenvolvimento têm pressão alta, mas somente um terço delas têm consciência sobre o problema e apenas 100 milhões recebem tratamento adequado.

Ensino superior

Drama do fechamento de universidades pode atingir 200.000 estudantes

Cerca de 80 instituições de ensino superior podem ser descredenciadas pelo MEC, a exemplo do que ocorreu com a Universidade São Marcos

Nathalia Goulart
Estudantes da Universidade São Marcos protestam na Avenida Paulista, em São Paulo, contra decisão do MEC que descredencia a instituição (24/03/2012) Estudantes da Universidade São Marcos protestam na Avenida Paulista, em São Paulo, contra decisão do MEC que descredencia a instituição (24/03/2012) (Isadora Brant/Folhapress)
Estudante do sétimo semestre do curso de direito da Universidade São Marcos, de São Paulo, Daniele Rebelo, de 29 anos, quase perdeu o chão ao saber, no último dia 26, que a instituição seria fechada por determinação do Ministério da Educação. A decisão parecia enterrar muitos sonhos e também 20.000 reais em mensalidades pagas. Para ressuscitá-los, Daniele precisou buscar a transferência para outra universidade. A Uniban foi a escolhida, mas a opção não encerrou seu drama. Para adequar-se à grade curricular da nova universidade, ela precisará cumprir uma carga horária puxada: além de disciplinas regulares, Daniele terá de assistir a aulas de outras dez matérias que não faziam parte da graduação da São Marcos. "Com tantas aulas, não sei como vou fazer para manter meu estágio na Defensoria Pública", diz. Uma alternativa seria postergar a formatura, marcada para o fim de 2013, o que daria mais tempo para o cumprimeiro do currículo. É uma alternativa ruim, avalia Daniele, pois atrasaria sua entrada no mercado de trabalho. Os problemas não param por aí. A mudança repentina exigiu o afrouxamento de laços fraternais construídos com colegas de classe durante os três primeiros anos de universidade. Daniele resume: "Ver minha universidade fechar faltando pouco mais de um ano para a formatura foi um susto terrível." Com pequenas variações, o drama de Daniele é o mesmo vivido por todos os estudantes da São Marcos.
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As razões do fechamento da São Marcos misturam desempenho acadêmico ruim e má administração. O ocaso atinge pouco mais de 2.000 estudantes, que, como Daniele, devem ser transferidos para outras instituições até 26 de maio (uma determinação do MEC). Porém, a vida de muitos outros estudantes pode ser afetada por razões semelhantes. Ao menos 79 instituições de ensino superior de todo o país estão sob intervenção do MEC. Elas abrigam hoje 210.199 estudantes, de acordo com dados do último censo universitário. A exemplo da São Marcos, essas instituições obtiveram, nos três últimos anos, desempenho insatisfatório em avaliações do MEC (especialmente no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o Enade) e por isso estão proibidas de ampliar o número de vagas ou de abrir novos cursos. Se na avaliação de 2012 não mostrarem resultados melhores, podem ser alvo de processo de descredenciamento. Sem reconhecimento oficial, os cursos dessas instituições não têm valor algum. Daí à falência, é um passo.

"Cobro diariamente da São Marcos os documentos de que preciso para a transferência para outra instituição, mas é tudo muito confuso. Fiquei na mão."

Isadora Dobalani, 20 anos, ex-estudante de direito da São Marcos

Pouco mais da metade (54%) das 79 instituições sob intervenção é considerada de pequeno porte: possui menos de 1.000 alunos. Representa um grupo significativo de instituições de nível superior do Brasil (atualmente, 49% das universidades, faculdades e centros universitários do país têm menos de 1.000 alunos), mas também um time que enfrenta os mais graves problemas de administração. "O mercado do ensino superior assiste a um processo de consolidação de grandes grupos, que perseguem a eficiência ne gestão. Isso faz com que instituições menores percam competitividade", diz Ryon Braga, da Hoper Educacional, consultoria especializada na área. As pequenas, em geral, estão presas a uma administração não profissionalizada, o que acarreta problemas financeiros e administrativos. Tudo isso desemboca em um ensino de má qualidade – é quando elas entram no radar no MEC, enfrentam sanções acadêmicas e correm risco de vida. "As instituições menores precisam encontrar nichos de atuação. Caso contrário, serão compradas ou terão o mesmo fim da São Marcos."
Espera-se que o MEC zele pela qualidade do ensino no país. No episódio da São Marcos, o ministério promete acompanhar a transferência de alunos de perto. "Caso a universidade não cumpra as determinações nos prazos estipulados ou não apresente pedido de dilação de prazo, fundamentada e justificada, o MEC tomará as providências cabíveis para garantir o cumprimento das medidas, inclusive responsabilizando seus representantes legais”, diz a assessoria de imprensa da pasta. Mas nem todos os especialistas concordam com a dosagem do remédio ou mesmo com o tratamento adotado pelo ministério para curar da doença da má gestão. O consultor da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) Celso Frauches, por exemplo, diz que falta eficiência na fiscalização das universidades. "O Brasil conta com 30.000 cursos superiores e mais de 2.400 universidades. Os dispositivos de fiscalização do ministério não dão conta desse contingente", diz Frauches. "A principal ferramenta hoje é o Enade, uma prova nacional que ainda contém muitas falhas. As visitas in loco, que deveriam ser o centro das avaliações, ainda são pouco frequentes."
"Escolhi a São Marcos porque ela era a única a possuir um curso de psicologia com base na teoria psicanalítica. Foi um investimento financeiro e emocional. Agora, me sinto abandonado."

Rafael Munhoz, 26 anos, ex-estudante do 3º semestre da São Marcos

Para ele, o sistema brasileiro de avaliação deveria se inspirar no americano. Lá, é a comunidade acadêmica que fiscaliza as universidades, realizando vistorias detalhadas em instalações, avaliando o corpo docente, o currículo e o desempenho dos estudantes. "Não se trata de uma prova para a confecção de um ranking. O objetivo é apontar as áreas que merecem mais atenção por parte de cada universidade", diz Frauches. Unidades com deficiências recebem conceitos baixos, o que, evidentemente, afasta estudantes em potencial. "Se não melhorar, a instituição perderá público." E dinheiro.
Gustavo Ioschpe, economista e colunista de VEJA, vai ainda mais fundo. Ele discorda da prática de fechar universidades ruins como método de aperfeiçoamento do sistema como um todo. Afinal, o fechamento de instituições conduz à redução do número de vagas, restringindo o acesso de estudantes (especialmente os das classes mais baixas) ao ensino superior. "O aluno que frequenta uma universidade mal avaliada não está sendo enganado, tampouco é burro. Ele o faz porque aquela é a melhor instituição em que ele conseguiu entrar, ou é a única que seu bolso pode pagar", diz Ioschpe (leia artigo sobre o tema). "Se essa vaga for cortada, ele não vai estudar na USP nem na FGV. Vai ficar sem estudar."
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Marketing Pessoal: 10 razões para começar agora

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Razões para Iniciar Agora seu Marketing Pessoal

A necessidade da gestão de carreira e da implantação de um plano de marketing pessoal está se tornando uma unanimidade. A maioria dos profissionais que temos conversado, sejam professores universitários, executivos ou empresários, concorda com a importância de se ter um plano de marketing pessoal para gerir suas carreiras. No entanto, apesar disto, poucos são aqueles que realmente conseguem transformar esta convicção em uma atitude prática.
Em função da falta de ação de muitos profissionais, resolvemos apresentar uma série de dez razões, todas importantíssimas, para motivar aqueles que ainda não resolveram desenvolver seu plano de marketing pessoal a fazê-lo agora. Já foi dada a largada para a corrida pelas melhores oportunidades de mercado, e quem não se antecipar acabará ficando para trás. Vamos às razões:
  • Razão 1 - um plano de marketing é como uma "receita de bolo" que pode ser elaborado em poucos dias, e seu conteúdo, na maioria das vezes, é formado por ideias práticas e de fácil aplicação, portanto, comece agora!
  • Razão 2 - o tempo corre contra você, quanto mais rápido implantar seu plano de marketing, mais rápido serão os resultados para sua carreira. O que está esperando?
  • Razão 3 - provavelmente você já tem inúmeros concorrentes promovendo suas respectivas carreiras no mercado, e você está ficando para trás. Não espere mais!
  • Razão 4 - marketing pessoal é um hábito, e você precisará de tempo para se habituar com esta nova maneira de agir em sua vida, portanto, corra!
  • Razão 5 - marketing pessoal cria novas oportunidades de negócios, e novas oportunidades de negócios, geralmente, significam mais dinheiro. Então aja agora!
  • Razão 6 - um plano de marketing pessoal pressupõe que você conquistará outros ciclos de amizade, isto certamente dará uma nova perspectiva de prazer e satisfação a sua vida pessoal e profissional. Mexa-se!
  • Razão 7 - o plano de marketing pessoal traz reconhecimento social pelos anos de esforços, estudos e trabalho. O que está esperando, ande!
  • Razão 8 - maior status social é o que obterá com o sucesso profissional conseguido através de seu plano de marketing pessoal. Vá em frente!
  • Razão 9 - a realização de seus sonhos de consumo, de seus sonhos de viagem e de muitos outros sonhos, poderá ser conquistada através do sucesso obtido com o marketing pessoal. Apresse-se!
  • Razão 10 - a realização profissional traz uma sensação superior de satisfação. É como conquistar o cume do Everest, algo inexplicável. Porque você não tenta iniciar agora o seu desafio pessoal? Mas é preciso dar o primeiro passo. Aja agora!
Esperamos que todas estas boas razões tenham conseguido convencê-lo a tomar uma atitude para iniciar seu plano de gestão de carreira, por isto vamos mostrar o que significa este plano de marketing pessoal.
Um plano de marketing pessoal é algo fácil de ser implantado. Na verdade, trata-se de um conjunto de ações e ferramentas que, se utilizados em conjunto, ajudam a promover a carreira de um profissional.
Na primeira parte de um plano de marketing pessoal é preciso desenvolver as competências pessoais do profissional, aqueles atributos que fazem parte de seu comportamento, e que podem ter um impacto positivo em sua atuação profissional. Qualidades como auto-motivação, liderança, criatividade, bom humor, capacidade de produzir conhecimentos, relacionamento interpessoal e sua capacidade de sonhar são os atributos essenciais que precisam ser desenvolvidos e incorporados a sua carreira profissional.
A outra parte do plano de marketing consiste na aplicação de ferramentas para promoção pessoal. Construção de uma rede de relacionamentos (networking), criação de um site pessoal, utilização de cartões de visitas de uma maneira dinâmica, ter um sistema de relações públicas pessoal, dentre outras ferramentas, certamente ajudarão a promover sua carreira e sua imagem no mercado de trabalho.
Estes conceitos e ações precisam estar "amarrados" em um planejamento coerente, ou seja, ao seu "plano de marketing pessoal e profissional".
Todos nós precisamos de motivação para realizar alguma tarefa, para enfrentar um desafio e para iniciar alguma empreitada. Implantar um plano de marketing em nossa vida pessoal e profissional é um desafio. Não sabemos ao certo o que iremos encontrar, certamente viveremos momentos de "pura adrenalina", seremos colocados diante de situações inusitadas, mas tudo isto se justifica pela sensação de vitória e de sucesso que conseguiremos alcançar ao final desta caminhada. Boa sorte.

domingo, 22 de abril de 2012

70% dos consumidores evitam produtos de empresas que não gostam, afirma pesquisa

Postado por em 3/02/2012 • 0 Comentários Marketing, Vendas
Um novo estudo global feito pela Weber Shandwick descobriu que a reputação da empresa por trás da marca é fundamental para as decisões de compra dos consumidores. De acordo com a pesquisa, 70% dos consumidores entrevistados evitam comprar produtos quando não gostam da empresa que controla a marca. E os executivos concordam: 87% deles dizem que “contar com uma marca corporativa forte é tão importante quanto produtos de marca forte”.
A pesquisa “A empresa por trás da marca: confiamos na reputação” ilustra a realidade dos consumidores apresentada aos executivos de marketing e comunicação. O estudo identifica seis aspectos fundamentais, que revelam um cenário em que os consumidores já não compram produtos pensando apenas em suas qualidades, a reputação da empresa também é considerada.
70% dos consumidores evitam produtos de empresas que não gostam, afirma pesquisa
“Os consumidores estão usando o dinheiro que gastam como um voto de confiança para as empresas às quais eles acreditam”, diz Leslie Gaines-Ross, Chief Reputation Officer da Weber Shandwick. “A nossa pesquisa confirmou que praticamente já não existem limites que separam a reputação da marca e da empresa. É a empresa por trás da marca que garante aos consumidores que eles podem confiar na qualidade, na ética e na segurança dos itens que eles estão comprando”.
O novo cenário da reputação corporativa
A importância da reputação de uma empresa vale mais do que nunca hoje em dia. Quando é considerada juntamente com a reputação de suas marcas, cria-se um nome corporativo bem forte. Micho Spring, Diretor Global da Weber Shandwick, afirma que “uma reputação corporativa sem manchas é fundamental para explorar o valor total da empresa e para fortalecer as marcas, produtos e serviços oferecidos”.
A pesquisa da Weber Shandwick revela seis novas realidades sobre a interdependência entre a reputação da empresa e da marca:
1. A marca corporativa é tão importante quanto a marca dos produtos. 
A ampla maioria dos executivos (87%) acredita que uma marca corporativa forte é tão importante quanto marcas de produtos fortes. 65% deles defendem que as marcas de produtos se beneficiam da reputação geral da empresa, e 55% dizem que as pessoas se importam com as empresas por trás das marcas que elas compram. Executivos da China e do Brasil são os que mais concordam que a marca corporativa é tão importante quanto as marcas dos produtos (96% e 93%, respectivamente).
2. A reputação corporativa funciona como controle de qualidade dos produtos.
Os produtos se beneficiam muito da reputação corporativa intacta. Mais de dois terços dos consumidores dizem evitar produtos fabricados por empresas das quais eles não gostam, e garantem que olham os rótulos para saber qual é a empresa por trás da marca.
  • 70% evita comprar um produto fabricado por uma empresa da qual não gosta;
  • 67% tem o costume de olhar os rótulos dos produtos para saber qual empresa está por trás da marca;
  • 61% se aborrece quando não consegue descobrir qual empresa fabricou o produto;
  • 56% pesquisa a reputação da empresa que fabrica os produtos que consome.
Na pesquisa, 56% disseram pensar duas vezes antes de comprar um produto, quando não é possível identificar o fabricante.
Os consumidores estão se preocupando mais com as coisas que compram. Na verdade, quando perguntados livremente sobre qual era o valor da empresa por trás da marca, muitos usaram a palavra “garantia”. Para vários deles, uma empresa com reputação sem manchas gera bons sentimentos com relação aos produtos que ela fabrica. Mais importante do que isso, eles dizem que isso garante que os produtos da marca terão boa qualidade, ingredientes de origem certa e fabricação responsável. Em uma fala de um consumidor: “No final, é a empresa que recebe o seu dinheiro quando você compra um produto. Temos opções demais no mercado, por isso não somos forçados a comprar um produto de uma empresa da qual não gostamos”.
70% dos consumidores evitam produtos de empresas que não gostam, afirma pesquisa
3. Qualquer disparidade entre a reputação corporativa e do produto gera uma reação intensa dos consumidores. 
Mais da metade dos consumidores (54%) dizem que se surpreendem quando descobrem que um serviço ou produto que gostam é feito por uma empresa da qual eles não gostam. Quando perguntados sobre como reagiriam a uma surpresa assim, 40% dos consumidores disseram que provavelmente deixariam de comprar o produto, e outros 30% afirmaram que usariam a Internet para pesquisar mais sobre a empresa e os demais produtos que ela fabrica. Surpresas desagradáveis sobre o produto não costumam ajudar a empresa: dois terços dos consumidores possivelmente vão deixar de comprá-lo.
4. Os produtos geram discussões, que envolvem a reputação. O negativo repercute mais do que o positivo. 
A pesquisa perguntou aos consumidores o que eles costumam discutir sobre as empresas. Os produtos encabeçam as respostas. Quase 7 em cada 10 consumidores (69%) afirmaram discutir frequentemente ou regularmente a qualidade dos produtos que compraram. A lista dos cinco assuntos mais frequentes também inclui o atendimento aos consumidores, como os funcionários são tratados, escândalos ou erros da empresa fabricante e a visão geral sobre a empresa (a reputação). Os consumidores dizem que normalmente falam mais sobre os escândalos e erros da empresa (43%) do que sobre as qualidades corporativas (37%), preocupação ambiental (31%) e serviços à comunidade (29%).
Quais assuntos os consumidores costumam discutir entre si?
  • Se você gostou ou não de um produto que comprou  -  69%
  • A qualidade do atendimento ao consumidor da empresa  -  55%
  • Como a empresa trata seus funcionários  -  45%
  • Notícias sobre escândalos ou erros cometidos por empresas  -  43%
  • Sua opinião geral sobre a empresa e sua reputação  -  40%
  • Notícias sobre qualidades e boas ações da empresa  -  37%
  • O desempenho financeiro de empresas  -  33%
  • Como uma empresa usa as mídias sociais  -  32%
  • O que uma empresa e faz para proteger o meio ambiente  -  31%
  • Os websites das empresas  -  30%
  • O que as empresas fazem para ajudar as comunidades  -  29%
  • Os líderes das empresas, como diretores ou outros executivos  -  28%
5. Os consumidores formam uma opinião instantaneamente.
 O que influencia a opinião dos consumidores sobre as empresas? Sem nenhuma surpresa, os consumidores contam que o boca a boca (88%) é a principal influência sobre a reputação das empresas. Eles também consideram críticas on-line (83%) e resultados de pesquisas na Internet (81%). Para os consumidores brasileiros, fontes de informações mais tradicionais sobre as empresas – imprensa, prêmios e publicidade – são significativamente mais importante do que para os consumidores dos outros três mercados.
6. A reputação corporativa ajuda o valor de mercado da empresa. O status de “mais admirada” é mais valorizado do que os ganhos financeiros. 
Os executivos estimam que o valor de mercado de uma empresa é definido em média 60% pela reputação que ela possui. Este número explica por que as empresas passaram a dar mais importância para suas atividades de reforço da reputação. A ampla maioria dos executivos (86%) diz que suas empresas aumentaram os esforços de consolidação de reputação durante os últimos anos.
Consumidores e executivos concordam que a reputação de uma empresa é mais importante do que os ganhos financeiros. Mais da metade dos consumidores diz confiar mais nos produtos de uma empresa que é mais admirada do que nos de uma empresa com melhores resultados financeiros. Cerca de 6 em cada 10 executivos dizem que preferem ver suas empresas na imprensa com o status de mais admirada do que devido a um bom desempenho financeiro. Estas descobertas mostram que tanto os consumidores como os executivos passaram a reconhecer a reputação como mais permanente e duradoura. O desempenho financeiro pode ser cíclico e de curto prazo.
Que tipo de notícia gera mais confiança para os produtos de uma empresa junto aos consumidores?
  • Status de mais admirada – 53%
  • Bons resultados financeiros – 21%
  • Em dúvida – 26%
Em que tipo de notícia os executivos preferem ver suas empresas?
  • Status de mais admirada – 58%
  • Bons resultados financeiros – 37%
  • Em dúvida – 5%
A pesquisa da Weber Shandwick mostra como os consumidores buscam garantias antes de gastar os dólares, yuans, libras ou reais que trabalharam tanto para ganhar. Eles preferem gastar dinheiro em produtos de empresas que compartilham os mesmos valores que eles. Eles têm expectativas bastante altas com relação às empresas e marcas que gostam, e não pensam duas vezes em virar as costas quando ficam decepcionados ou em dúvida.
“Com esta pesquisa única e uma abordagem mais focada em criar uma voz unificada para a corporação e as marcas, estamos ajudando as empresas a criar e proteger a reputação corporativa. Assim, vão conseguir resultados mais sólidos”, destaca Spring.
Para mais informações, consulte o infográfico e o resumo executivo (em inglês). Mais resultados desta pesquisa serão divulgados ao longo de 2012, com dados sobre a contribuição da reputação do presidente da empresa e uma comparação entre empresas com uma e várias marcas.
Sobre o estudo
A pesquisa on-line foi realizada com a KRC Research em outubro e novembro de 2011. Foram entrevistados 1.375 consumidores e 575 executivos sênior de empresas com receita anual de US$ 500 milhões ou mais. A pesquisa envolveu quatro mercados importantes: EUA, Reino Unido, China e Brasil.
Fonte: S2Publicom

Quais são as marcas mais valiosas do Brasil?

Postado por em 9/06/2011 • 2 Comentários Grandes Marca
Itaú, Bradesco, Petrobras, Branco do Brasil e Skol.  Estas são, respectivamente, as marcas mais valiosas do país segundo ranking elaborado pela Interbrand, consultoria líder mundial em estratégia e identidade de marca. Juntas essas companhias respondem por 75% do valor total das 25 maiores marcas brasileiras, que é de R$ 92 bilhões.
Quais são as marcas mais valiosas do Brasil?Apesar de as primeiras colocadas terem um valor bem maior que as demais participantes  do ranking, todas as companhias tiveram um aumento expressivo no valor de suas marcas. A nota de corte, que é feita a partir do valor médio, subiu de R$ 87 milhões, em 2009, para R$ 209 milhões em 2010. “Estamos vendo um reflexo claro do crescimento da economia e da maior preocupação dos gestores com suas marcas”, afirma Daniela Bianchi, diretora de estratégia da Interbrand.
A marca que teve maior aumento de valor em 2010 foi a Hering, com um aumento de 45% em relação a 2009. Depois de um trabalho bem-sucedido de reposicionamento, a marca fechou o ano passado valendo R$ 209 milhões.
A Vale foi outro destaque. Com a forte crise de 2008, a empresa sequer apareceu na lista das 25 maiores do ano passado. Mas para recuperar posição, a mineradora investiu em uma forte campanha institucional, que colocou a companhia na 8ª posição da lista, com um valor de R$ 2,6 bilhões.
Também se destacaram na lista deste ano algumas empresas varejistas. Extra, Casas Bahia, Pão de Açúcar e Ponto Frio apareceram pela primeira vez no ranking, mostrando que a consolidação desse setor da economia vem alavancando o valor das marcas.
Outra estreia foi da Cielo, marca que surgiu da mudança de nome da Visanet. “A empresa quebrou um paradigma, pois estreou no ranking ainda novata e num mercado também novo, que em 2009 não existia”, afirma Daniela.
O ranking da Interbrand leva em conta duas dimensões, a Força da Marca e o Papel da Marca. Força é a capacidade da marca de assegurar lucros futuros. Já o Papel, representa a influência da marca no processo de compra.
A seguir, confira o ranking das maiores marcas do Brasil em 2010
As 25 marcas mais valiosas do Brasil em 2010
MarcaValor (em milhões de reais)crescimento em relação a 2009
Itaú24.296+18%
Bradesco13.633+10%
Petrobras11.608+7%
Banco do Brasil11.309+8%
Skol7.277+10%
Natura5.666+22%
Brahma4.351+21%
Vale2.656Não estava no ranking anterior
Antarctica2.013+15%
Vivo1.700+16%
Lojas Renner835+7%
Lojas Americanas703+17%
Embratel619-15%
Cielo604Estreia no ranking
Cyrela587+8%
Caixa Econômica Federal563Estreia no ranking
Oi514+8%
Banrisul501Estreia no ranking
Extra496+9%
Casas Bahia447-22%
Braskem422Estreia no ranking
Pão de Açúcar389Estreia no ranking
Net323+10%
Ponto Frio232Estreia no ranking
Hering209+45%
Fonte: Interbrand

Marketing emocional: O único caminho para a fidelidade é o relacionamento verdadeiro

Postado por em 13/05/2011 • 0 Comentários Marketing
por Ivan Postigo*
O homem tem desenvolvido meios para divulgar e propagar suas mensagens, contudo a excessiva objetividade tem feito com que perca a essência.
Claro que ao lançarem produtos, estes devem ser apresentados ao público consumidor. É a única forma de torná-los conhecidos, ocorre que a massificação não permite destaque.
Produtos e mensagens sem grandes diferenciais não retém a atenção de quem os vê e não incentiva a experimentação. Inovar nessa área tem sido um dos grandes desafios dos gestores.
Há um detalhe, entretanto, que precisa ser realmente trabalhado e não tem recebido a devida atenção das empresas: O relacionamento com o mercado.
Não é difícil defender que estamos comprometidos com esse aspecto, apresentando nossos trabalhos de registro de informações e reclamações do mercado, o programa para gerenciamento de relações com o cliente (CRM), trocas efetuadas, e uma série de respostas às cartas e telefonemas.
Marketing emocional: O único caminho para a fidelidade é o relacionamento verdadeiro
Racional ou emocional?
Ora, você já notou que na grande parte dos assuntos tratados quem tomou a iniciativa do contato foi o cliente?
É interessante que quanto mais informações temos e atenção dedicamos à análise, com maior clareza percebemos quão distante estamos realmente dos clientes.
Gerentes comerciais nos dizem sempre: Não temos tempo para dar atenção a todos os clientes. Os problemas a serem resolvidos são muitos e diversos e precisamos prospectar continuamente.
Essa frase dita por um gestor de uma empresa nova, com produtos que necessitam maior visibilidade tem sentido, mas em uma organização com mais de vinte anos no mercado, com produtos sem mudanças significativas, atendendo estações ou pequenas melhorias tecnológicas?
Essa afirmação merece ser avaliada!
Especialistas, depois de horas de estudos, observaram que entre sessenta e setenta por cento dos clientes trocam os fornecedores porque consideram que estes não se importam com eles.
Intrigados, analisaram pesquisas de empresas que se mostraram interessadas ou que tinham softwares de gestão de relações (CRM), os resultados não mudaram significativamente.
Um olhar atento mostra que a coleta de informações serve para indicar oportunidades, não para gerenciar e estabelecer modos de relacionamento.
O mercado se apropriou da palavra “parceria” como uma forma de diferenciar a relação fornecedor – cliente. O resultado foi um enorme desgaste, justamente por não fazer o adequado uso a que se propunha.
Rolf Jensen, Diretor do The Copenhagen Institute For Future Studies, disse: “Os futuros produtos terão que apelar aos nossos corações e não às nossas mentes”, pois a sociedade da informação está migrando para a sociedade dos sonhos.
Defende ainda que a hora de agregar valor emocional a produtos e serviços é agora, contudo cabe um alerta: O foco continua sendo o produto e não o consumidor e nossos parceiros comerciais.
È interessante que isso seja feito, mas será apenas mais uma nova onda.  Ainda assim, os gestores permanecerão tratando de problemas e prospecção. A contínua atenção e preferência por nossas empresas e produtos dependem de um fator: Fidelidade.
Fidelidade é resultado do verdadeiro relacionamento que tem como base o carinho. Carinho que não só aproxima gestores, mas desenvolve afeição.
Como gestor lembre-se sempre: As pessoas compram de quem gostam e confiam.
Despertar e desenvolver esse atributo em seus colaboradores não só melhora as relações internas e externas, como é uma questão de sabedoria para gestão!
-
*Ivan Postigo - Diretor de Gestão Empresarial
Contato: ivan@postigoconsultoria.com.br - Twitter: @ivanpostigo

5 MANEIRAS DE DETONAR A SUA CARREIRA


por Ricardo Piovan *
Diz o filósofo que excelência não é aquilo que você faz uma ou duas vezes e sim aquilo que você faz repetidamente. A falta de excelência é a mesma coisa, isto é, aqueles erros que você comete várias vezes e que acabam com a sua imagem profissional, resultando uma carreira que não evolui para patamares mais elevados na organização.
Gostaria de destacar cinco maneiras que detonam qualquer carreira e que talvez estejam detonando a sua:
1- Seja um “reclamão”
Para conseguir uma estagnação completa no seu trabalho seja aquela pessoa que vive reclamando de tudo na empresa, dizendo que o seu chefe não colabora, que a equipe é incompetente e que a organização não contribui de forma efetiva com o seu trabalho. Reclame também do cliente, aquele cara, que paga o seu salário. O “reclamão” é aquela pessoa que vê defeito em tudo e não faz nada para mudar aquilo que ele reclama.
2- Não dê resultado para a empresa
Outra forma fantástica de ser esquecido num canto da empresa é você ser um “passivo”, isto é, ser uma pessoa que apenas traz despesas para a empresa. Se as suas atividades não fazem a empresa gerar dinheiro ou economizar dinheiro, saiba que você está no caminho certo para o esquecimento completo.
5 maneiras de você detonar a sua carreira
3- Não seja um “resolvedor” de problemas
Para potencializar ainda mais a sua estagnação não resolva nenhum problema, a menos que lhe solicitem, isto mesmo, fique na sua, se o seu radar detectar uma situação problemática finja que não é com você e apenas se manifeste quando for solicitado. Ahh … reclame pelo problema ter aparecido.
4- Não busque situação de aprendizado.
Este é um dos pontos mais importantes para que você fique paralisado anos na sua carreira. Não leia livros, não assista palestras e em hipótese alguma faça treinamentos. Continue fazendo as coisas sempre do mesmo jeito. Por favor, não procure fazer mais rápido, mais barato ou com mais qualidade as suas atividades.
5- Ande com os perdedores
Afaste-se dos talentos que existem na organização, pois eles podem te contaminar com o entusiasmo deles, levando você a ficar com vontade de não fazer os quatro pontos acima. Ande com as pessoas que vivem reclamando, que não dão resultados e que não resolvem problemas. Acredite, se você andar com os profissionais extraordinários você poderá ter uma recaída e ficar com vontade de estudar para fazer as suas tarefas com mais eficácia.
Garanto a você que seguindo as orientações acima a sua carreira ficará completamente impedida de qualquer sucesso e que você será o primeiro a ser lembrado em uma situação de corte dentro da empresa.
*Ricardo Piovan – Palestrante
ricardo.piovan@portalfox.com.br

Os 10 Homens mais ricos do mundo em 2011, segundo a Forbes

Postado por em 16/03/2011 • 53 Comentários Negócio
Recentemente, a mundialmente famosa Revista Forbes divulgou a sua tradicional lista dos homens mais ricos do mundo, desta vez no ano de 2011. O mexicano Carlos Slim, proprietário da Claro e da Embratel no Brasil, continua no topo da lista, com uma fortuna impressionante em torno de US$ 74 bilhões. Já o brasileiro Eike Batista continua na lista dos 10 homens mais ricos do mundo, mantendo-se em oitavo lugar com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões.
Confira a lista completa dos bilionários abaixo:


Os 10 Homens mais ricos do mundo em 2011, segundo a Forbes

1. Carlos Slim

Fortuna: US$ 74 bilhões
Atuação: Telecomunicações
Empresas: Claro, Embratel, etc.

2. Bill Gates

Fortuna: US$ 56 bilhões
Atuação: Informática
EmpresaMicrosoft

3. Warren Buffett

Fortuna: US$ 50 bilhões
Atuação: Investidor Financeiro e Indústrias

Empresa: Buffett pulveriza seus investimentos em diversas empresas

4. Bernard Arnault

Fortuna: US$ 41 bilhões
Atuação: Mercado de artigos de luxo

Empresa: LVMH

5. Larry Ellison

Fortuna: US$ 39,5 bilhões
Atuação: Tecnologia

Empresa: Oracle Corporation

6. Lakshmi Mittal

Fortuna: US$ 31,1 bilhões
Atuação: Mineração e transformação do aço, Recursos humanos e Marketing
Empresa: Arcelor Mittal

7. Amancio Ortega

Fortuna: US$ 31 bilhões
Atuação: Textil
Empresa: Inditex

8. Eike Batista

Fortuna: US$ 30 bilhões
Atuação: Mineração e Petróleo
Empresas: EBX, MMX, OGX, LLX, MPX, Hotel Glória, Porto de Peruíbe

9. Mukesh Ambani

Fortuna: US$ 27 bilhões
Atuação: Energia e Materiais industriais
Empresa: Reliance Industries Limited

10. Christy Walton

Fortuna: US$ 26,5 bilhões
Atuação: É nora do fundador da Wal-Mart, Sam Walton
Empresa: Wal-Mart
Segundo a Revista Época Negócios, a lista das pessoas mais ricas do mundo de 2011 bateu dois recordes: o de maior número de bilionários, 1.210 no total, e o total da riqueza acumulada por eles, de US$ 4,5 trilhões. Este montante ultrapassa o PIB da Alemanha, maior potência européia, por exemplo.
A febre das redes sociais criou outros dois milionários: Mark Pincus, da Zynga, fundadora do Farmville, e Eric Lefkofsky, do Groupon, grupo de compra coletivas pela internet.
Para conhecer toda a lista dos homens mais ricos do mundo em 2011, acesse o site da Forbes.

domingo, 8 de abril de 2012

A utopia sufoca a educação de qualidade

"Se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho"

Gustavo Ioschpe
A missão da boa escola é ensinar as disciplinas fundamentais aos alunos, e não tentar corrigir as desigualdades do Brasil A missão da boa escola é ensinar as disciplinas fundamentais aos alunos, e não tentar corrigir as desigualdades do Brasil (Jonne Roriz/AE)
Um dos males que assolam nossa educação é a esperança vã de pensadores e legisladores de que uma escola que mal consegue ensinar o básico resolva todos os problemas sociais e éticos do país. Eles criaram um sistema com um currículo imenso, sistemas de livros didáticos em que o objetivo até das disciplinas científicas é formar um cidadão consciente e tolerante. Responsabilizaram a escola pela formação de condutas que vão desde a preservação do meio ambiente até os cuidados com a saúde; instituíram cotas raciais e forçaram as escolas a receber alunos com necessidades especiais. A agenda maximalista seria uma maneira de sanar desigualdades e corrigir injustiças. O Brasil deveria questionar essa agenda.
Primeira pergunta: nossas escolas conseguem dar conta desse recado? A resposta é, definitivamente, não. Estão aí todas as avaliações nacionais e internacionais mostrando que a única igualdade que nosso sistema educacional conseguiu atingir é ser igualmente péssimo. Copiamos o ponto final de programas adotados nos países europeus sem termos passado pelo desenvolvimento histórico que lhes dá sustentação.
Segunda pergunta: esse desejo expansionista faz bem ou mal ao nosso sistema educacional? Será um caso em que mirar no inatingível ajuda a ampliar o alcançável ou, pelo contrário, a sobrecarga faz com que a carroça se mova ainda mais devagar? Acredito que seja o último. Por várias razões. A primeira é simplesmente que essas demandas todas tornam impossível que o sistema tenha um foco. Perseguir todas as ideias que aparecem -- mesmo que sejam todas nobres e excelentes -- é um erro. Infelizmente, a maioria dos nossos intelectuais e legisladores não tem experiência administrativa, e acredita ser possível resolver qualquer problema criando uma lei. No confronto entre intenções e realidade, a última sempre vence. A segunda razão para preocupação é que, com uma agenda tão extensa e bicéfala -- formar o cidadão virtuoso e o aluno de raciocínio afiado e com conhecimentos sólidos --, sempre é possível dizer que uma parte não está sendo cumprida porque a prioridade é a outra: o aluno é analfabeto, mas solidário, entende? (Com a vantagem de que não há nenhum índice para medir solidariedade.) E, finalmente, porque quando as intenções ultrapassam a capacidade de execução do sistema o que ocorre é que o agente -- cada professor ou diretor -- vira um legislador, cabendo a ele o papel de decidir quais partes das inatingíveis demandas vai cumprir. Uma medida que deveria estimular a cidadania tem o efeito oposto: incentiva o desrespeito à lei, que é a base fundamental da vida em sociedade.
Eduardo Nicolau/AE
As aulas de ciências e as de português e matemática são as que vão fazer diferença positiva na vida dos jovens quando eles chegarem ao mercado
As aulas de ciências e as de português e matemática são as que vão fazer diferença positiva na vida dos jovens quando eles chegarem ao mercado
Terceira pergunta: mesmo que todas essas nobres intenções fossem exequíveis, sua execução cumpriria as aspirações de seus mentores, construindo um país menos desigual? Eu diria que não apenas não cumpriria esses objetivos como iria na direção oposta. Deixe-me dar um exemplo com essas novas matérias inseridas no currículo do ensino médio -- música, sociologia e filosofia. A lógica que norteou a decisão é que não seria justo que os alunos pobres fossem privados dos privilégios intelec-tuais de seus colegas ricos. O que não é justo, a meu ver, é que a adição dessas disciplinas torna ainda mais difícil para os pobres se equiparar aos alunos mais ricos nas matérias que realmente vão ser decisivas em sua vida. A desigualdade entre os dois grupos tende a aumentar. A triste realidade é que, por viverem em ambientes mais letrados e com pais mais instruídos, alunos de famílias ricas precisam de menos horas de instrução para se alfabetizar. É pouco provável que um aluno rico saia da 1ª série sem estar alfabetizado, enquanto é muito provável que o aluno pobre chegue ao 3º ano nessa condição. O aluno rico pode, portanto, se dar ao luxo de ter aula de música. Para nivelar o jogo, o aluno pobre deveria estar usando essas horas para se recuperar do atraso, especialmente nas habilidades basilares: português, matemática e ciências. É o domínio dessas habilidades que lhe será cobrado quando ingressar na vida profissional. Se esses pensadores querem a escola como niveladora de diferenças, se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho. O que, por sua vez, presume uma educação desigual entre pobres e ricos, fazendo com que a escola dê aos primeiros as competências intelectuais que os últimos já trazem de casa. Estou argumentando baseado em uma lógica supostamente de esquerda (digo supostamente porque, nesse caso, é transparente que as boas intenções dos revolucionários de poltrona só aprofundam as desigualdades que eles pretendem diminuir).
O mercado de trabalho valoriza mais as habilidades cognitivas e emocionais não porque os nossos empregadores sejam mesquinhos, mas porque, em um mercado competitivo, precisam remunerar seus trabalhadores de acordo com sua produtividade. Essa é a lógica inquebrantável do sistema de livre-iniciativa. Não adianta pedir ao gerente de recursos humanos que seja “solidário” na hora da contratação e leve em conta que os candidatos à vaga vêm de origens sociais diferentes, porque, se o recrutador selecionar o funcionário menos competente, o mais certo é que em breve ambos estejam solidariamente no olho da rua. Não conheço nenhum estudo que demonstre o impacto de uma educação filosoficamente inclusiva sobre o bem-estar das pessoas. Mas há vários estudos empíricos sobre a desigualdade no Brasil. O que eles informam é assustador: o fator número 1 na explicação das desigualdades de renda é, de longe, a desigualdade educacional (disponíveis em twitter.com/gioschpe). Ao criarmos uma escola sobrecarregada com a missão de não apenas formar o brasileiro do futuro mas corrigir as desigualdades de 500 anos de história, nós nos asseguramos de que ela se tornará um fracasso. A escola não pode fracassar, pois é a alavanca de salvação do Brasil.
O tipo de escola pública que queremos é uma discussão em última instância política, e não técnica. É legítimo, embora estúpido, que a maioria dos brasileiros prefira uma educação que fracasse em ensinar a tabuada mas ensine bem a fazer um pagode. Acrescento apenas uma indispensável condição: que a população seja informada, de modo claro e honesto, sobre as consequências de suas escolhas. Quais as perdas e os ganhos de cada caminho. O que é, aí sim, antidemocrático e desonesto é criar a ilusão de que não precisamos fazer escolhas, de que podemos tudo e de que conseguiremos obter tudo ao mesmo tempo, agora. Infelizmente, é exatamente isso que vem sendo tentado. Nossas lideranças se valem do abissal desconhecimento da maioria da população sobre o que é uma educação de excelência para vender-lhe a possibilidade do paraíso terreno em que professores despreparados podem formar o novo homem e o profissional de sucesso. Essa utopia, como todas as outras, acaba em decepção e atraso. Essa pretensa revolução, como todas as outras, termina beneficiando apenas os burocratas que a implementam.

Astronomia

Nova descoberta em Marte pode ajudar na busca de vida fora da Terra

Fotografias tiradas pela sonda Mars Express em região vulcânica mostram a existência de série de depressões na superfície do planeta

buracos Imagens em perspectiva da 'série de depressões' encontrada em região vulcânica de Marte (ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou nesta quinta-feira a descoberta de crateras nas encostas de um dos maiores vulcões de Marte. Para os pesquisadores, essas peças podem ajudar na busca de vida microscópica fora da Terra.

Glossário

VULCÕES EM MARTE
Os vulcões do planeta vermelho foram extintos. Grande parte deles está na região de Tharsis. É nessa área que  o Monte Tharsis está localizado, um conjunto de três vulcões. Ao norte dessa região fica o maior vulcão do Sistema Solar em termos de área e volume, o Alba Mons, também conhecido como Alba Patera.

As imagens, reveladas pela sonda Mars Express, foram tiradas na região vulcânica de Tharsis em junho de 2011. Entre as hipóteses que explicam o surgimento dessa série de depressões circulares, os cientistas consideram a hipótese a de que tenham sido formadas por água subterrânea. A estrutura foi comparada aos 'cenotes', formação encontrada na península mexicana de Yucatán, que surgiu quando o teto de cavernas e outras rochas se romperam.
Outra possível origem desses buracos é vulcânica. Quando o magma escorre de um vulcão, ele resfria e se solidifica em superfície formando eventualmente um tubo pelo qual continua correndo lava. Os pesquisadores acreditam que o desmoronamento do teto desses túneis, que com o tempo se tornam ocos, pode ser uma explicação para as depressões.
A ESA considera que, para a busca de vida microscópica, a primeira hipótese é a mais promissora pois indicaria a existência de estruturas semelhantes a cavernas. Essas poderiam ter servido de local de proteção para microorganismos contra as duras condições da superfície.
A agência não descartou que as crateras possam ser simples sulcos na crosta de Marte. De qualquer forma, a ESA acredita que a descoberta das marcas é importante por mostrar muitas semelhanças entre os processos geológicos da Terra e Marte.


(Com Agência EFE)

QUATRO DICAS PARA QUEM ESTÁ ENTRANDO NO ENSINO SUPERIOR

A saída do Ensino Médio e o início dos estudos em uma instituição de ensino superior representam uma grande mudança para a vida do jove...