Agência atribui manchas em encosta do planeta ao degelo sazonal. Descoberta abre possibilidade de encontrar microorganismos no planeta
Imagem combinou dados coletados em órbita com modelagens em 3-D para mostrar os fluxos que aparecem na primavera e no verão em uma encosta dentro da cratera Newotn, em Marte (Divulgação/NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)
"A melhor explicação para estas observações até agora é fluxo de água salgada", disse Alfred McEwen, da Universidade do Arizona em Tucson, nos EUA, autor do artigo publicado nesta quinta-feira no periódico Science. "Estamos muito contentes com esta descoberta", assinalou.
A descoberta foi feita graças à análise de uma série de imagens obtidas pelo Experimento Científico de Imagens de Alta Resolução (HiRise) do Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO, na sigla em inglês, que explora Marte desde 2006).
Observações repetidas foram realizadas para verificar a ocorrência sazonal deste fenômeno em vários pontos do hemisfério sul do planeta por um período de aproximadamente três anos marcianos — um ano marciano equivale a 687 dias na Terra.
De acordo com os pesquisadores, a salinidade diminui a temperatura necessária para a água congelar naquelas condições, possibilitando que ela assuma sua forma líquida. A água pura congelaria na superfície de Marte — gelo já foi detectado em regiões de latitude média e alta do planeta, perto da superfície.
Vida? — A descoberta da Nasa não é prova definitiva da presença de água líquida na superfície do planeta. Lisa Pratt, bioquímica e geóloga da Universidade de Indiana, assinalou que ainda se trata de uma hipótese, mas se houver a confirmação de água em estado líquido, abre-se a possibilidade de encontrar microorganismos no planeta vermelho.
(Com agência EFE)
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