segunda-feira, 14 de maio de 2012

Uma singela homenagem às mães.


Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
O verdadeiro amor não se expressa com palavras ocas, cheias de sonoridade para impressionar e cativar, mas sim com a eloquência do silêncio. Esse amor jamais se expressa com palavras, em fingidas expressões de doçura, e sim vive no coração, sem contaminar-se com a atmosfera externa.

O verdadeiro amor é aquele que vive sempre em seu mundo, trabalhando em silêncio para o bem, pelo bem mesmo. É um artista incansável, que cria e modela imagens que extasiam e cativam depois o sentir dos homens. Sem ele não seria possível conceber as belezas e encantos de tão sublimes manifestações do sentir humano.

Isso nos faz apreciar, sem equívocos, que o amor verdadeiro é mais humano que aquele que comumente é denominado assim, e que o mal chamado amor humano não é outra coisa que a expressão de sentimentos externos ao coração; amor que num instante pode se transformar em ódio, ao mero desencanto das presunções egoístas desse mesmo sentimento exterior.
 
Nada há que possua mais encantos que a pureza de uma mulher,
manifestada em seu coração de esposa e de mãe

Vejamos o que ocorre no coração da mulher. Ela forja em seu coração a imagem do homem que quer para si: cheio de belas qualidades, vigoroso, culto, sincero... Com essa imagem sonha, cheia de ilusão, pensando ter um dia a dita de encontrá-lo. Chega, por fim, esse instante, e seu coração começa a sentir afeto por um homem no qual crê ver refletido seu ideal. Avança o entusiasmo nas horas que se seguem, avivando as chamas desse amor nascido espontaneamente; e, mais adiante, chega o momento: esse momento supremo, o casamento, em que o homem e a mulher se apresentam um diante do outro tais quais são.

Sabemos que, quando Deus criou o homem e o consagrou rei da Criação, notou que algo faltava para completar a obra; esse algo era, precisamente, a mulher, o encanto da mulher, que, com sua sensibilidade, simboliza o aspecto divino da existência do homem. Ela lhe foi apresentada como companheira e colaboradora da obra que ele devia erigir sobre a Terra: a família humana e o mundo. Foi-lhe apresentada, também, para que visse refletidos nela todos os encantos da Natureza, e para que compreendesse que ela devia ser para ele o reflexo de sua própria alma, feminina também; vale dizer, para que sempre tivesse presente que essa imagem, posta diante dele, não tinha por finalidade satisfazer, simplesmente, as prementes exigências do instinto, senão para adquirir aquilo que, nela manifesto, está igualmente dentro de seu próprio ser.

É, pois, a mulher a expressão manifesta do espírito do homem, como é o homem a expressão manifesta do espírito da mulher. Nada há que possua mais encantos que a pureza de uma mulher, manifestada em seu coração de esposa e de mãe; pureza que fala a ela mesma da missão insubstituível de sua existência. 
Trechos extraídos do livro Intermédio Logosófico, p. 99

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