sábado, 19 de maio de 2012

Cadê a geleira que estava aqui?



As imagens acima são lindíssimas. A notícia que elas revelam, nem tanto. A comparação mostra a variação no estado da geleira Colúmbia, no Alasca. A imagem de cima, de 1986, mostra a geleira em estado mais saudável. A imagem de baixo, de 2011, mostra o que restou das gigantescas placas de gelo. É uma das geleiras que encolhe mais rápido no mundo.
Ela começa no alto das montanhas a 3.050 metros de altitude e desce por um vale estreito até o mar. Em 1794, quando foi descoberta, o ponto onde a língua de gelo terminava, e mergulhava sob a superfície do mar, coincidia com a ilha Heather (Heather Island assinalada no mapa). A geleira manteve essas dimensões até 1980, quando acelerou sua retração.
As imagens usam cores falsas para enfatizar as diferenças no terreno. O azul brilhante mostra o gelo e a neve. A vegetação é verde. Nuvens são brancas ou laranja claro. A rocha exposta é marrom. O cinza mostra detritos de pedras na superfície da geleira. A imagem de 2011 tem mais cobertura de neve porque foi capturada em maio, enquanto a de 1986 é de julho (no auge do verão).
Em 1986, a geleira ia até perto da ilha Heather. No ano passado, tinha recuado 20 quilômetros. Além de recuar, a geleira também afinou, como indica a expansão das áreas de rocha em marrom. Desde 1980, a geleira perdeu metade da espessura e do volume.
A geleira é um bom retrato do encolhimento acelerado dos gelos do polo norte. Esse gelo, que estava na terra firme e agora correu para a água, contribuiu para a elevação do nível dos oceanos.
(Alexandre Mansur)

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