Primitivamente, o homem e a mulher viviam juntos, felizes e de forma harmônica.
O homem, caçador, arriscava a sua vida para levar alimentos para a sua mulher e filhos. Desenvolveu o senso de direção e a pontaria de suas rudimentares armas, sendo capaz de localizar e atingir a caça em pleno movimento. Caçador de alimentos era o seu papel social.
A mulher, por sua vez, sentia-se valorizada por aquele homem que conseguia trazer bastante comida para prole. Ele, por sua vez, com o reconhecimento da mulher pelo seu feito, sentia-se valorizado. Nesta "sociedade primitiva", a família só esperava que o homem fosse caçador e protetor. Não havia necessidade de repensar o relacionamento.
Da mesma forma, o papel da mulher era muito claro.Como perpetuadora da espécie, desenvolveu habilidades para cumprir as suas funções maternais: detectar sinais de perigo, ter senso de direção a curta distância, quando ia em busca de alimentos, principalmente frutas silvestres, ter sensibilidade aguçada para perceber diferenças comportamentais das crianças e adultos.. Era uma vida bastante simples: o homem era caçador e a mulher era guardiã da cria.
A mulher preocupava-se com o cuidado da família, e sua auto-estima dependia do valor que o homem lhe dava por este papel.Ter filhos era o seu papel maior, considerado um ato mágico exclusivo que permitia a perpetuação da espécie. Nada mais se esperava dela.
Por milhares de anos, esse ritual se repetiu. Os homens traziam os animais abatidos para casa, compartilhavam-nos com os membros do seu grupo, parte era entregue a sua mulher, que em troca, lhe dava frutos e sementes.
Depois de comer, os homens se sentavam em volta do fogo, contavam histórias, brincavam e riam de suas artimanhas. Cansados, exaustos pelo longo dia de caça, buscavam o descanso para recuperar as forças, pois o outro dia era de caça e de caçador.
Assim era a vida neste mundo primitivo. Cada um exercia o seu papel social e muito pouco lhe era cobrado, além disso.
Esses rituais e comportamentos simples ainda são encontrados em civilizações primitivas, em lugares como Bornéu, entre alguns aborígenes australianos, e pequenos grupos da Nova Zelândia, Canadá e Groenlândia. Nessas culturas, os homens admiram as mulheres e a mulheres admiram os homens. Cada um reconhece no outro uma contribuição ímpar para a sobervivência e o bem-estar da família.
Mas, para os que vivem em países modernos, considerados civilizados, essas regras antigas foram esquecidas. O papel do homem e da mulher foram modificados e ampliados. A mulher, ao ingressar no mercado de trabalho, passou a exercer outras funções, além daquelas desenvolvidas pelos seus ancestrais. Por sua vez, o homem passou a ser mais exigido, a sobrevivência da família ficou mais difícil. As relações afetivas entre os casais tornaram-se confusas e conflitantes. O caos, a discórdia e a infelicidade tomaram conta de muitos lares.
Primitivamente, a sobrevivência era difícil, mas o relacionamento afetivo era mais fácil. Atualmente, a sobrevivência é mais fácil, comparativamente, porém o relacionamento é mais complexo e, muitas vezes, de pouca duração.
Neste momento de transição, os casais estão repensando os seus relacionamentos e, alguns, buscando novas alternativas para serem mais felizes.
Fte de Pesquisa: Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?
Allan e Barbara Pease.
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