Stephen Bartman, em seu livro OS OITO PILARES DA SABEDORIA GREGA, escreve:
“O modo de viver dos atenienses do pós-guerra foi a democracia. Uma invenção grega, esse sistema de governo floresceu principalmente em Atenas graças às reformas constitucionais promulgadas durante o século anterior às Guerras Persas.”
“A liberdade está para o indivíduo assim como a democracia está para o Estado. Mas os atenienses foram bastante sensatos para reconhecer que liberdade e democracia, para de fato servirem à humanidade, precisam ser guiadas pelo autocontrole. A liberdade, afinal de contas, é simplesmente uma conjuntura, uma circunstância. O que fazemos com ela cabe a nós decidir. Ser livre pode tanto significar ser egoísta quanto se sacrificar em benefício dos outros. A escolha é nossa. Como Ícaro e suas asas presas com cera, podemos esbarrar nas nuvens ou perseguir o sol e morrer. Ser livre é ser responsável pela vida que escolhemos.”
“Como argumentou Platão depois da amarga experiência de ver seu mestre Sócrates ser morto, a democracia talvez seja o mais perigoso dos sistemas políticos, pois confia as decisões a uma maioria que pode facilmente mudar de opinião levada por emoções sórdidas.”
“Os gregos aprenderam a duras penas que não é quando estamos fracos que somos mais vulneráveis, mas quando estamos fortes. Nessas ocasiões, há uma tendência maior para cometermos atos arrogantes, para tentarmos fazer mais do que podemos, nos tornando agentes de destruição. A democracia, sobretudo, a materialmente bem-sucedida, carrega em si as sementes da própria destruição.”
Embora, o auge da civilização grega tenha ocorrido há mais de 2.000 anos atrás, os princípios da democracia, pelo menos, na teoria, continuam presentes. No entanto, Platão deixou registrado que este regime político é extremamente sensível, porque a massa votante pode ser manipulada pelos mais diversos meios de comunicação de massa.
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