terça-feira, 26 de julho de 2011

SALÁRIO X CONSUMO.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Dora Ramos em seu artigo QUANDO SEU SALÁRIO NÃO É SUFICIENTE no Espaço Aberto da Revista OFLU escreve:
"Uma pesquisa do IBGE mostra que mais de 68% das famílias gastam mais do que sua renda permite. Atualmente, o percentual de endividamente é de 86% de acordo com o PEIC-Nacional (Pesquisas Nacionais de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Com esse resultado, pesquisas nacionais de Intenção de Consumo de Famílias (ICF) e de Inadimplência de Endividamento do Consumidor (PEIC) revelaram uma provável desaceleração no consumo de 2011 e um recuo no nível de endividamento da família brasileira. No mês de abril desse ano, ainda de acordo com o PEIC, o percentual das famílias endividadas caiu para 62,6%, ante 64,8% em março. Já a média da parcela comprometida com dívidas da renda aumentou, em comparação com o mesmo mês do ano passado, passando de 29,6% para 29,8%."
 Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), os brasileiros  gastam mais com vestuários do que com educação.
Com o crescimento econômico, 20 milhões de novos brasileiros conseguiram atingir a classe C, aquecendo o mercado e o desejo de muitas compras, já que o seu consumo estava reprimido há muitos anos.
 Estudos relacionados à psicologia do consumo, têm demonstrado que a compra desenfreada de novos  produtos e serviços, se justifica pela necessidade humana de compensar perdas e desejos não satisfeitos.
Todos os dias assistimos, principalmente, pela televisão, a publicidade maciça de redes do varejo que anunciam a venda de eletroeletrônicos a preços supostamente promocionais. A forma de propaganda utilizada é impiedosa com os ouvidos dos telespectadores, porque as mesmas são realizadas com som impactante e imagens relâmpagos.
Ao mesmo tempo, redes de supermercados lançam, também de forma impactante, a venda promocional de alimentos, o que leva os consumidores a estocarem produtos em suas casas, sem a devida necessidade.
Com todos estes apelos, a maioria dos consumidores brasileiros, principalmente, os mais jovens, viram refém de toda esta estratégia de marketing agressivo de consumo.
Lamentavelmente, as redes comerciais de varejo se transformaram em financeiras, o que é uma verdadeira arapuca, já que se as pessoas não pagarem as suas compras em dia, serão penalizadas com juros e multas absurdas que levarão suas famílias à inadimplência.
O que fazer?
Não existe milagre, mais existem alguns caminhos que podem ser seguidos, como por exemplo:
1 - Evitar a emoção do consumo, ou seja, não permitir que o seu subconsciente estimule o consciente a comprar o que vê, sem estar, às vezes, precisando;
2 - Se já estiver endividado, procure negociar a dívida diretamente com o credor;
3 - Se houver possibilidade, utilize o 13º salário e o pagamento das férias para amortizar o que resta a pagar;
4 -  Se os juros que estiverem sendo cobrados é abusivo, veja a possibilidade de contrair um empréstimo bancário com juros menores e prazos maiores para pagamento;
5 - Se for ao supermercado, evite levar crianças e procure chegar bem alimentado. De preferência, leve a velha lista do que realmente necessita comprar, para evitar supérfluos;
6 -  Evite comparar o que você tem em casa em relação o que tem seus amigos. É fundamental colocar as mãos onde elas podem alcançar. Nada, supera uma noite bem dormida;
7 - As estatísticas demonstram que muitas separações de casais são provocadas por crises financeiras, principalmente, com a perda do emprego;
8 - Depois do equacionamento das dívidas, é imprescindível desenvolver a cultura da poupança: Sabendo poupar, não vai faltar!

Conclusão: Comprar é um direito de todos, desde que seja de forma consciente e com responsabilidade. BOA SORTE!

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