By Carlos Lupus
Que mundo esplêndido,
impactante, colorido, sonoro e extremamente
belo, que vivemos neste planeta!
Todas estas belezas
naturais somente são possíveis aos nossos olhos porque desenvolvemos um cérebro
extremamente habilidoso na capacidade de
tirar o maior proveito possível dos
estímulos sensoriais disponíveis no ambiente em que vivemos. Não podemos
ignorar que outros animais desenvolveram uma sensibilidades aguçada em relação a
determinados sentidos, como por exemplo, os “olhos de lince” do
falcão-peregrino e o faro agudíssimo dos cães. É importante destacar que esses
animais desenvolveram uma sensibilidade extrema para compensar a ausência de
outros sentidos. A toupeira, é um outro exemplo de animal que tem uma sensibilidade
sofisticada para o tato, porque possui
seis vezes mais receptores de tato que os seres humanos, mas em contrapartida, não consegue enxergar.
A verdade é que o nosso
aporte sensorial é excepcional, pois temos acesso a todos os nossos sentidos.
Dessa forma, conseguimos aproveitar as belezas da natureza em toda a sua
plenitude, exaltando-a através do desenvolvimento das artes e da música.
Todos os conhecimentos
adquiridos pelo homem desde os tempos
imemoriais da caverna, quando surgiram os primeiros hominídeos em busca de água
e alimentos, foram adquiridos à medida que estas espécies primitivas foram
desenvolvendo os sentidos. Através destes, a espécie humana conseguiu expressar
emoções e sentimentos.
Entre os cincos sentidos
desenvolvidos pelo homem ao longo de toda a sua história evolutiva, a VISÃO é aquele sentido que desempenha uma tarefa de
substancial importância, que é o de captar as imagens provenientes do ambiente.
É hábito humano, se concentrar nos detalhes do ambiente que o cerca,
principalmente, àqueles que se movimentam e, que podem representar algum
perigo, quanto à perpetuação da espécie.
Cerca de um quarto do
cérebro está envolvido no processamento visual, parte esta superior a qualquer
outro órgão do sentido.
Aproximadamente 70% dos
receptores sensitivos do corpo humano estão localizados nos olhos. Posso
afirmar com convicção, que o homem somente conseguiu se manter vivo no planeta
Terra e se multiplicar de forma bastante quantitativa, atingindo o patamar
atual de 6,6 bilhões de seres viventes, com o desenvolvimento robusto do
sentido da visão. Este sentido ocupa o ápice da nossa hierarquia sensorial, de
tal forma que, quando imagens e sons são apresentados ao mesmo tempo, o nosso
cérebro prioriza maior atenção ao impacto visual.
Os olhos captam a luz e ajustam o foco. Cabe
ao cérebro, identificar as cores, as formas, expressões faciais e paisagens que
ele consegue descortinar. Desta forma, conseguimos nos lembrar de imagens “quase
perfeitas” de fatos que ocorreram conosco em épocas passadas.
Admite-se que o auge da
memória das impressões visuais na espécie humana, ocorre entre os 15 e 30
anos de idade.
“Na realidade, as cores não existem no mundo, mas existem em nosso
cérebro. O cérebro “atribui” cores a tudo que enxergamos à medida que o
espectro luminoso é refletido pelos objetos à nossa volta. Nem todo o mundo
enxerga as mesmas cores; algumas pessoas são daltônicas enquanto outras são
dotadas de visão em cores”, de acordo com texto transcrito no livro: O Cérebro
Consumista, do Dr. A. K. Pradeep.
A postura bípede
desenvolvida pela mãe-natureza, à medida que a espécie humana se desenvolvia e
melhor se adaptava ao planeta, teve na acuidade visual, o seu melhor atributo
sensorial; já que os seus ancestrais se apoiavam nos quatro membros, e estes,
passaram a se apoiar apenas nas pernas. Com isso, afastaram-se naturalmente do
solo, perdendo a sensibilidades do cheiro deixado pelas nossas presas. Em
contrapartida, passamos a observar com maior qualidade de visão, o movimento de
animais, com também, projetarmos a distância que os mesmos estavam de nós.
A capacidade que o cérebro
tem de explorar uma área , identificar e
localizar objetos em três dimensões e projetar em que local estará este objeto decorrido
algum tempo, foi um dos grandes saltos da natureza na evolução do homem. Esta conquista pode ser atribuída ao
desenvolvimento entre os primatas, inclusive o homem, da visão binocular, que permite que a espécie visualize a sua presa em
profundidade, de forma linear, concentrada em seu alvo. O posicionamento dos olhos no ser humano estão devidamente
adaptados à sua função ancestral de caçador.
Comentário de MARKETING:
Conclui-se que, como a capacidade
visual do homem é apurada, sendo especializada em exploração e localização, não
é aconselhável que nenhum objeto obstrua a visão dos consumidores, como por
exemplo, dentro de um supermercado, cheio de gôndolas e prateleiras altas, com
milhares de produtos diversificados com embalagens de diferentes tamanhos e
cores. Tudo deve ser arrumado de tal
forma que o cérebro rapidamente visualize, identifique e satisfaça o
consumidor. É bom lembrar que o cérebro é preguiçoso. Não gosta de perder
tempo com algo que exija trabalho intenso de seus neurônios.
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