segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O SENTIDO DA VISÃO E O CÉREBRO CONSUMISTA


By Carlos Lupus
                   
                    Que mundo esplêndido, impactante, colorido, sonoro e extremamente 
belo, que vivemos neste planeta!
                    Todas estas belezas naturais somente são possíveis aos nossos olhos porque desenvolvemos um cérebro extremamente habilidoso na capacidade  de tirar o maior proveito  possível dos estímulos sensoriais disponíveis no ambiente em que vivemos. Não podemos ignorar que outros animais desenvolveram uma  sensibilidades aguçada em relação a determinados sentidos, como por exemplo, os “olhos de lince” do falcão-peregrino e o faro agudíssimo dos cães. É importante destacar que esses animais desenvolveram uma sensibilidade extrema para compensar a ausência de outros sentidos. A toupeira, é um outro  exemplo de animal que tem uma sensibilidade sofisticada para o tato, porque possui  seis vezes mais receptores de tato que os seres humanos,  mas em contrapartida, não consegue enxergar.
                    A verdade é que o nosso aporte sensorial é excepcional, pois temos acesso a todos os nossos sentidos. Dessa forma, conseguimos aproveitar as belezas da natureza em toda a sua plenitude, exaltando-a através do desenvolvimento das artes e da música.
                   Todos os conhecimentos adquiridos pelo homem desde  os tempos imemoriais da caverna, quando surgiram os primeiros hominídeos em busca de água e alimentos, foram adquiridos à medida que estas espécies primitivas foram desenvolvendo os sentidos. Através destes, a espécie humana conseguiu expressar emoções e sentimentos.
                   Entre os cincos sentidos desenvolvidos pelo homem ao longo de toda a sua história evolutiva, a VISÃO é aquele  sentido que desempenha uma tarefa de substancial importância, que é o de captar as imagens provenientes do ambiente. É hábito humano, se concentrar nos detalhes do ambiente que o cerca, principalmente, àqueles que se movimentam e, que podem representar algum perigo, quanto à perpetuação da espécie.
                    Cerca de um quarto do cérebro está envolvido no processamento visual, parte esta superior a qualquer outro órgão do sentido.
                     Aproximadamente 70% dos receptores sensitivos do corpo humano estão localizados nos olhos. Posso afirmar com convicção, que o homem somente conseguiu se manter vivo no planeta Terra e se multiplicar de forma bastante quantitativa, atingindo o patamar atual de 6,6 bilhões de seres viventes, com o desenvolvimento robusto do sentido da visão. Este sentido ocupa o ápice da nossa hierarquia sensorial, de tal forma que, quando imagens e sons são apresentados ao mesmo tempo, o nosso cérebro prioriza maior atenção ao impacto visual.
                    Os olhos captam a luz e ajustam o foco. Cabe ao cérebro, identificar as cores, as formas, expressões faciais e paisagens que ele consegue descortinar. Desta forma,  conseguimos nos lembrar de imagens “quase perfeitas” de fatos que ocorreram conosco em épocas passadas.
                    Admite-se que o auge da memória das impressões visuais na espécie humana, ocorre entre os 15 e 30 anos  de idade.

                     “Na realidade, as cores não existem no mundo, mas existem em nosso cérebro. O cérebro “atribui” cores a tudo que enxergamos à medida que o espectro luminoso é refletido pelos objetos à nossa volta. Nem todo o mundo enxerga as mesmas cores; algumas pessoas são daltônicas enquanto outras são dotadas de visão em cores”, de acordo com texto transcrito no livro: O Cérebro Consumista, do Dr. A. K. Pradeep.

                     A postura bípede desenvolvida pela mãe-natureza, à medida que a espécie humana se desenvolvia e melhor se adaptava ao planeta, teve na acuidade visual, o seu melhor atributo sensorial; já que os seus ancestrais se apoiavam nos quatro membros, e estes, passaram a se apoiar apenas nas pernas. Com isso, afastaram-se naturalmente do solo, perdendo a sensibilidades do cheiro deixado pelas nossas presas. Em contrapartida, passamos a observar com maior qualidade de visão, o movimento de animais, com também, projetarmos a distância que os mesmos estavam de nós.
                    A capacidade que o cérebro tem de explorar uma  área , identificar e localizar objetos em três dimensões e projetar em que local estará este objeto decorrido algum tempo, foi um dos grandes saltos da natureza na evolução do homem.  Esta conquista pode ser atribuída ao desenvolvimento entre os primatas, inclusive o homem, da visão binocular, que permite que a espécie visualize a sua presa em profundidade, de forma linear, concentrada em seu alvo.  O posicionamento  dos olhos no ser humano estão devidamente adaptados à sua função ancestral de caçador.


Comentário de MARKETING:

                    Conclui-se que, como a capacidade visual do homem é apurada, sendo especializada em exploração e localização, não é aconselhável que nenhum objeto obstrua a visão dos consumidores, como por exemplo, dentro de um supermercado, cheio de gôndolas e prateleiras altas, com milhares de produtos diversificados com embalagens de diferentes tamanhos e cores. Tudo deve ser arrumado de tal forma que o cérebro rapidamente visualize, identifique e satisfaça o consumidor. É bom lembrar que o cérebro é preguiçoso. Não gosta de perder tempo com algo que exija trabalho intenso de seus  neurônios.     

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